
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, disse que os Estados Unidos pretendem estabelecer uma base militar em um território disputado entre a Venezuela e a Guiana, chamado Essequibo, enfatizando que Washington busca assumir o controle dos recursos petrolíferos da região.
“Condenamos a intenção do governo dos EUA de militarizar a situação [em Essequibo]. O Comando Sul está tentando criar uma base militar no território disputado a fim de criar a ponta de lança de sua agressão contra a Venezuela e se apoderar de nossos recursos energéticos”, disse Gil na Assembleia Geral da ONU no domingo.
O ministro observou ainda que o parlamento venezuelano aprovou um referendo que protege o território soberano da agressão dos EUA, acrescentando que Washington está novamente tentando interferir na disputa territorial de 200 anos entre as duas nações sul-americanas.
“O governo dos EUA busca se apropriar de nossos recursos petrolíferos usando a empresa Exxon Mobil, que incorporou o governo da Guiana em suas fileiras”, disse ele.
A Guiana e a Venezuela estão envolvidas em uma disputa de longa data sobre Essequibo, uma área de 160.000 quilômetros quadrados administrada por Georgetown, mas reivindicada por Caracas. A região é rica em petróleo e gás, especialmente nas áreas offshore.
A ex-colônia britânica considera que suas fronteiras atuais, estabelecidas por um tribunal de arbitragem em Paris em 1899, são precisas. Mas a Venezuela insiste que o rio Essequibo, a leste da região, é a fronteira natural entre os dois países, como era o caso em 1777.
Em 2018, a Guiana solicitou à Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia que resolvesse a disputa e ratificasse as fronteiras atuais. Em abril, a CIJ decidiu que tinha jurisdição sobre a questão, que poderia determinar qual país tem direitos sobre o território rico em petróleo e gás, especialmente em alto-mar.
Com informações Press TV.
Isso deixa claro que o Ocidente vai manter uma politica de agressão contra a Venezuela.