
Signs for the upcoming IMF / World Bank Annual Meetings hang outside International Monetary Fund Headquarters in Washington, DC on October 7, 2019. (Photo by SAUL LOEB / AFP)
Kristalina Georgieva, diretora do Fundo Monetário Internacional, expressou seu apoio a reformas que potencialmente concederiam a Pequim mais poder de voto dentro da organização.
A diretora do FMI, em entrevista ao Financial Times, enfatizou a necessidade de a organização se adaptar às mudanças ocorridas na economia global na última década, incluindo a significativa ascensão econômica da China.
Georgieva solicitou que a instituição abordasse a disparidade entre a parcela de 6% do poder de voto da China no FMI e sua influência substancial na economia mundial.
Atualmente, a cota da China no FMI é menor do que a do Japão, apesar de sua maior participação no PIB global. Os EUA detêm a maior participação dentre os países membros, cerca de 17%, o que lhe dá poder de veto sobre as decisões sobre as cotas de cada país.
Entretanto, a questão da realocação de participações, especialmente para aumentar os direitos de voto de Pequim, continua sendo um assunto delicado. Embora os Estados Unidos tenham deixado a porta aberta para tais realocações no futuro, eles já sinalizaram sua intenção de vetar qualquer expansão imediata dos direitos de voto da China.
A urgência por reformas ocorre no momento em que Georgieva busca expandir os recursos da instituição para enfrentar os desafios econômicos globais. Ela enfatizou o papel fundamental que o FMI desempenha como a “rede de segurança financeira global” e alertou sobre a “possível devastação” se a instituição não tiver os recursos necessários para inspirar confiança na economia global.
Em julho, o FMI revisou sua previsão de crescimento global, antecipando uma desaceleração dos 3,5% do ano passado para 3% neste ano e no próximo. O relatório destacou que essa desaceleração está concentrada principalmente nas economias avançadas. O relatório também observou preocupações sobre a perda de ímpeto da atividade econômica global devido ao aperto da política monetária e à persistência do núcleo da inflação acima das metas dos bancos centrais.
Com informações do Benzinga.