Em uma época em que se fazem desenham tantos prognósticos e se estabelecem tantas metas, com base em cenários de “apocalipse climático” e de “transição energética”, um problema maior se aproxima do país, tal como um iceberg visto da proa de um navio: o início de um período de decrescimento populacional.
O fenômeno foi admito pelo recém empossado presidente do IBGE, Márcio Pochmann, em um seminário proferido em São Paulo, no último dia 28 de setembro. De acordo com ele, antes do Censo de 2022, esperava-se a transição de um processo de crescimento demográfico para o de decrescimento ocorreria, de acordo com os dados que se tinha, por volta de 2044. Contudo, os novos dados do último censo apontam que isso pode acontecer já por volta de 2030, no ano em que deve se realizar o próximo censo, seguindo o calendário decenal.
Os dados do Censo de 2022 apontam que no período de 2010 a 2022 observou-se a menor taxa de crescimento populacional anual desde o início dos levantamentos, em 1972, de apenas 0,52%. O último censo mostra que a taxa de fecundidade já recuou para menos de 2 filhos por mulher, sendo que a taxa necessária para reposição é de 2,1 filhos cada.
Contudo, insensível a essas informações, e pressionado por organismos internacionais como a ONU, o Supremo Tribunal Federal decide se pautar pela legalização do aborto, para além dos casos já permitidos pela legislação brasileira, em choque com o Congresso Nacional.
A proximidade com o decréscimo populacional antecipará diversos problemas sociais e econômicos que o Brasil terá que enfrentar. Dentre eles, a diminuição da população economicamente ativa, com impactos no crescimento econômico e no sistema previdenciário, só para citar alguns. Questões que são vergonhosamente ignoradas pelo Governo Federal, que se pauta, em suas relações internacionais, por questões ditadas dos grandes centros, sobretudo dos EUA e seus vassalos europeus, na “descarbonização” e na “transição energética”.