
Por Lorenzo Carrasco.
Pela segunda vez, o Papa Francisco recorreu novamente aos préstimos do físico alemão Hans-Joachim Schellnhuber para assessorá-lo nos aspectos referentes ao clima da segunda versão da encíclica “Laudato si”, como fez na encíclica original de 2015. Na apresentação da encíclica, ele figurou ao lado do cardeal Peter Turkson, então presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, honraria rara para um notório ateu e defensor da redução da população mundial.
Schellnhuber é um dos mais notórios cientistas engajados na promoção dos cenários catastrofistas sobre o clima global, tendo sido o criador do mítico número mágico de dois graus centígrados de aumento das temperaturas globais, que, teoricamente, não poderiam ser superados, sob pena de provocar um “aquecimento descontrolado” da atmosfera, fenômeno jamais observado nos últimos 2,6 milhões de anos em que o gênero Homo tem existido no planeta.
Ele é fundador do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impactos Climáticos (PIK) e foi assessor científico da ex-chanceler alemã Angela Merkel, tendo contribuído ativamente para a adoção da “transição energética” do país, com ênfase na expansão das fontes eólicas e solares, cujos resultados desastrosos estão acelerando uma desindustrialização na outrora poderosa locomotiva econômica da Europa. Igualmente, é membro da Pontifícia Academia de Ciências, para onde foi levado pelo seu ex-chanceler, o cardeal argentino Marcelo Sánchez Sorondo, que recheou a academia de malthusianos como Schellnhuber.