O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Elvis Amoroso, informou que o referendo consultivo realizado neste domingo na Guiana Essequiba resultou em uma vitória histórica do Sim no plebiscito do dia 3 de dezembro.
O presidente do conselho eleitoral lembrou que, em setembro passado, o Plenário da Assembleia Legislativa Nacional apresentou ao CNE a solicitação de um referendo consultivo sobre o Essequibo.
Ele ressaltou que, alguns dias depois, a data do referendo e as cinco perguntas a serem feitas aos cidadãos foram aprovadas por unanimidade, e, realizado o plebiscito, a resposta do povo foi a seguinte:
1) Você concorda em rejeitar, por todos os meios, de acordo com a lei, a linha fraudulentamente imposta pelo laudo arbitral de Paris de 1899, que busca nos despojar de nossa Guiana Essequiba? 97,83% das pessoas responderam Sim / Não – 2,17%.
2) Você apoia o Acordo de Genebra de 1966 como o único instrumento legal válido para chegar a uma solução prática e satisfatória para a Venezuela e a Guiana na disputa pelo território de Essequiba Guiana? 98,11% responderam Sim / Não – 1,8%.
3) Você concorda com a posição histórica da Venezuela de não reconhecer a jurisdição da Corte Internacional de Justiça para resolver a disputa territorial sobre a Guiana de Essequiba? 95,40% responderam Sim / Não – 4,10%.
4) Você concorda em se opor, por todos os meios, de acordo com a lei, à reivindicação da Guiana de dispor unilateralmente de um mar não delimitado, ilegalmente e em violação ao direito internacional? 95,94% responderam Sim / Não – 4,06%.
5) Você concorda com a criação do estado de Guayana Esequiba e com o desenvolvimento de um plano acelerado para o atendimento integral da população atual e futura desse território, incluindo, entre outros, a concessão de cidadania venezuelana e carteiras de identidade, de acordo com o Acordo de Genebra e o direito internacional, e a consequente incorporação desse estado ao mapa do território venezuelano? 95,93% responderam Sim / Não – 4,07%.
A organização da consulta deu um caráter participativo e popular à defesa da integridade territorial da Venezuela e de seu direito histórico sobre o Essequibo, que lhe foi retirado pela sentença arbitral de 1899.
Foi isso que o presidente Nicolás Maduro disse ao afirmar que a Venezuela está resolvendo, por meios democráticos e pacíficos, uma desapropriação imperial orquestrada há 150 anos.
Com informações da Telesur.