O grupo iemenita prometeu continuar a atacar navios “ligados a Israel”
Da RT.
A frota multinacional liderada pelos americanos na costa do Iêmen não impedirá os Houthis de realizar operações militares em apoio aos palestinos, anunciou o grupo na terça-feira.
Os ataques de drones e de mísseis realizados pelos houthis contra a navegação internacional no Mar Vermelho já elevaram os valores dos seguros e fizeram com que várias das principais transportadoras redirecionassem o tráfego ao redor da África, ao custo de milhões de dólares. O grupo atacou embarcações que alega estarem conectadas a Israel como uma demonstração de apoio aos palestinos em Gaza.
“Mesmo que os Estados Unidos consigam mobilizar o mundo inteiro, nossas operações militares não serão interrompidas a menos que os crimes genocidas em Gaza parem… não importa os sacrifícios que isso nos custe”, disse o porta-voz houthi Mohammed al-Bukhaiti no X (antigo Twitter).
“Quem quer que busque expandir o conflito deve arcar com as consequências de suas ações”, acrescentou al-Bukhaiti. “A coalizão formada pelos americanos visa proteger Israel e militarizar o mar sem qualquer justificativa, e não impedirá o Iêmen de continuar suas operações legítimas em apoio a Gaza.”
O grupo, que de fato governa o Iêmen, anunciou seu apoio à causa palestina no final de outubro. Na segunda-feira, os EUA disseram que montariam uma força-tarefa naval para garantir a “liberdade de navegação” pelo Mar Vermelho em uma operação chamada de “Guardião da Prosperidade”.
Bahrein, Canadá, França, Itália, Holanda, Noruega, Seychelles, Espanha e Reino Unido também participarão da operação, disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na segunda-feira.
Em uma publicação em inglês na terça-feira, al-Bukhaiti descreveu a força liderada pelos EUA como “a Coalizão da Vergonha” e seu apoio a Israel como “uma mancha em sua história” que levará a “expandir o escopo do conflito e aumentar os riscos para as linhas de navegação”.
Mohammed Abdulsalam, um dos principais oficiais e negociadores Houthi, disse à Reuters que a missão liderada pelos EUA era “essencialmente desnecessária” porque as águas do Iêmen eram seguras, exceto para navios ligados a Israel ou com destino a ele.
O Iêmen está estrategicamente localizado no lado norte do Estreito de Bab el-Mandeb, que conecta o Mar Vermelho ao Golfo de Aden e ao Oceano Índico. Cerca de 12% do tráfego marítimo comercial do mundo transita pela área.
OTAN anda bem desmoralizada pra se aventurar em território hostil. Vai ser legal ver OTAN apanhando mais uma vez