
Por Lorenzo Carrasco.
Neste Dia Internacional da Mulher, os brasileiros não podem esquecer a grande cientista Johanna Döbereiner, engenheira agrônoma nascida na antiga Checoslováquia, que migrou para o País após a II Guerra Mundial e cujo centenário se celebra em novembro deste ano.
Naturalizada brasileira, foi trabalhar no Instituto de Ecologia e Experimentação Agrícola em Seropédica (RJ), hoje incorporado à Embrapa. As suas pesquisas com bactérias fixadoras de nitrogênio resultaram em uma técnica fundamental para a conversão do Cerrado, de terras até então imprestáveis para a agricultura moderna, em um dos celeiros do mundo, viabilizando a produção de soja na zona intertropical.
Falecida em 2000, foi uma das maiores cientistas do mundo, exemplo da capacidade feminina na Ciência, em pé de igualdade com luminares mais conhecidas, como as pioneiras da radioatividade e da energia nuclear – Marie Curie, Irene Joliot-Curie, Ida Noddack e Lise Meitner (como ela, as duas últimas nunca receberam um mais que merecido Prêmio Nobel).