
O ex-governador do Paraná e ex-senador Roberto Requião anunciou, no dia 27, o seu desligamento do Partido dos Trabalhadores. Quadro histórico do PMDB, Requião se filiou ao PT no início da campanha de Lula em 2022, quando se candidatou ao governo do Estado mais uma vez e perdeu a eleição.
Segundo ele, o governo Lula se tornou um “governo de centro-direita”, praticando um “bolsonarismo sem o Bolsonaro”. Ou seja, filiou-se ao PT e engajou-se na campanha de Lula para “combater o ultraliberalismo de Paulo Guedes”, mas hoje, na prática, enxerga pouca diferença entre o ex-governo e o atual na condução da política econômica. Disseram que iriam combater a “autonomia do Banco Central, mas hoje se tornaram amigos do atual presidente do banco, indicado por Bolsonaro”.
Também citou como razão de sua desfiliação o apoio dado pelo governo federal à implantação de pedágios com tarifas majoradas nas estradas do Paraná e à privatização da empresa pública de águas e saneamento do estado, a Sanepar.
Na verdade, mesmo se comprometendo com o apoio a Lula durante a campanha, Requião foi deixado de lado pelo governo desde a posse do atual presidente, de quem se tornou próximo há muito tempo. Mesmo sendo um dos quadros mais experientes do país, tendo sido três vezes governador do PR (1991-1994 e 2003 a 2010), além de ser um dos grandes expoentes das posições nacionalistas pelo campo da esquerda.
Não anunciou que vá se filiar a nenhum partido, por enquanto, mas descartou voltar ao MDB, ainda que haja rumores de possa se filiar ao PDT.
Gostaria de ver o Requião no programa do Rubão