Por Wellington Calasans.
Israel foi criado para servir de base militar e agente de provocação dos EUA no Oriente Médio. Um país que diz combater o fanatismo religioso, mas que se confunde com uma religião e aliena o seu povo – desde a infância – com a falsa ideia de que forma “o povo escolhido”.
Por isso, a resposta à pergunta “EUA deixará de apoiar Israel?” será sempre um sonoro NÃO. São irmãos siameses, grudados de todas as maneiras, inclusive dividindo as necessidades básicas. O popular “fazem merda juntos”.
Por isso é que Israel está tão convencido da impunidade. O mundo – inclusive o árabe – está acovardado. A população palestina está condenada à extinção total, pois as “notas de repúdio” dos “irmãos” não ajudam muito.
O Irã não encontra muito apoio dos países árabes, que acreditam que se forem bem comportados, irão ganhar o direito à ocupação do último lugar na fila dos aniquilados etc.
Os EUA segue enviando armas para Israel e finge solidariedade e empatia com o povo que é vítima do genocídio praticado por… Israel.
Tudo é hipocrisia!
NA IMPRENSA ALTERNATIVA DOS EUA
Um oficial dos Estados Unidos afirmou à Al Jazeera que o Pentágono poderia intervir militarmente no caso de um ataque iraniano contra Israel. A fonte dos EUA também traz a possibilidade de lançar ataques retaliatórios em conjunto com Israel, que sejam atacados pelo Irã ou por seus agentes. Não foi fornecida nenhuma informação adicional sobre o tipo de resposta que os EUA e Israel poderiam dar, se fossem intervenções ou defensivas.
MUDANÇA DE REGIME
A jornalista Helena Glass fala sobre um suposto golpe de mudança de regime no Irã, apoiado pelo Ocidente, com o objetivo de instalar Reza Pahlavi, filho do ex-xá do Irã.
Reza é o único filho da linha de sucessão ao trono e atualmente reside nos Estados Unidos. Helena lembra que o filho mais novo do ex-xá faleceu em 2011, o que garantiu a Reza a condição de único herdeiro do trono.
Os planos do golpe passam pela provocação ao Irã, na tentativa de derrubar a atual estrutura de poder iraniana e, consequentemente, o retorno de Reza ao Irã.
Por isso é que Israel teria bombardeado Damasco, para provocar uma retaliação que resultaria em guerra. A guerra levaria à queda do Aiatolá e à instalação de Reza no poder, permitindo que o Mossad e a CIA governassem o Irã.
Helena lembra que a administração Reagan apoiou Reza por um longo período de tempo antes de sua reinstalação. Reza possui uma fortuna de mais de US$ 2 bilhões e não possui filhos ou emprego.
REAÇÃO COM “R” DE RETALIAÇÃO
Diante de todas essas incertezas, será precipitada toda ou qualquer opinião sobre quando ou como o Irã irá responder a esta situação de provocações dos irmãos siameses. A retaliação, no entanto, é uma certeza, não uma previsão.
A reação do Irã não será com o apoio dos acovardados árabes, mas com o apoio da Rússia e China (sob total sigilo), pois estes países sabem que a ofensiva ao Irã é parte de um projeto ocidental de manutenção do visivelmente falido status de “potência única”, atribuído aos EUA.
Por isso é que a retaliação às provocações de Israel/EUA será cuidadosamente planejada, enquanto Israel continua a incitar e destruir sem piedade. Daí a vergonha do mundo ignorar que o povo palestino está condenado à extinção pela via do genocídio em curso.
Embora os Estados Unidos tenham sido cúmplices do ataque a Damasco, o Irã – assim como outros países da região – erra ao calcular apenas Israel como seu alvo principal, e não os Estados Unidos. Ignoram que os irmãos siameses sentem as mesmas dores e prazeres.
Os iranianos afirmaram que a retaliação será cruel, mas acreditam mesmo que será possível matar apenas um dos siameses, um erro que poderá ser incorrigível.
NOTA DESTE OBSERVADOR DISTANTE
Será uma guerra regional, pois os acovardados árabes também serão arrastados para ela, alguns lutarão contra o Irã na crença vã de que serão poupados. Não há respeito dos irmãos siameses pelos países e povos do Oriente Médio.
A certeza do conflito direto entre Israel e Irã, longe de preocupar a Casa Branca, como tem sido propagado pela “imprensa domesticada”, faz parte da estratégia dos EUA de provocar o caos econômico generalizado para nivelar o mundo por baixo. Uma espécie de recomeço forçado para todos.
Não há sequer a preocupação do Tio Sam pela exposição ao risco dos soldados norte-americanos baseados no Oriente Médio. O Irã é uma resistência à dominação total dos EUA aos recursos do Oriente Médio. As vidas dos soldados norte-americanos entram na cota de sacrifício e, com o cinismo habitual, são o álibi para todas as outras mortes dos povos da região.
Como falei há poucos dias, o Irã vai retaliar Israel com drones ou mísseis de cruzeiro, possivelmente atingindo diretamente Israel. Este método seria semelhante ao ataque do líder iraquiano Saddam Hussein contra Israel durante a Guerra do Golfo de 1991. O detalhe é que a devastação de um ataque iraniano seria muito maior do que o ataque de Hussein, devido à qualidade superior dos mísseis de Teerã.
A guerra total no Oriente Médio está desenhada.