Por Lorenzo Carrasco.
O Congresso Nacional vetou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à proibição da discutida “saidinha” de presos em feriados, prática que tem dado margem a incontáveis e repetidos abusos e, por isso, tem ampla rejeição na sociedade. Entretanto, se há uma “saidinha” que se mostra necessária e urgente, é a da ministra do Meio Ambiente Marina Silva, cada vez mais aferrada à missão de bloquear toda sorte de empreendimentos e projetos produtivos e decidida a aparecer como uma ministra fundamental para a imagem “verde” do governo Lula e, como tal, supostamente irremovível.
A licença para a perfuração de um poço exploratório da Petrobras no litoral do Amapá, na chamada Margem Equatorial Brasileira, é um caso típico. Há mais de um ano, o Ibama está sentado sobre a revisão do pedido de licença que foi negado em maio do ano passado e, agora, Marina e seus comandados sequer se dão mais ao trabalho de justificar o atraso com supostos argumentos “técnicos”. Já dizem às claras que a liberação, se ocorrer, só virá após a conferência climática COP-30, que será realizada em Belém (PA), no final de 2025. E Marina também não consegue esconder a intenção de chantagear Lula, jogando com o impacto negativo da exploração de petróleo entre as multidões de iludidos com o discurso alarmista sobre as mudanças climáticas.
Enquanto isso, a Guiana e o Suriname seguem explorando os seus hidrocarbonetos em formações geológicas que representam a continuidade da Margem Equatorial Brasileira nas suas áreas de exploração exclusiva.
Mas, agora, Marina tem no governo uma opositora igualmente determinada, a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que, junto com o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, está disposta a fazer os interesses do País prevalecerem sobre a insidiosa agenda “verde” internacional.