Por volta da primeira metade da década de 1930, Edward Bernays, sobrinho do renomado psicanalista Sigmund Freud, dando continuidade aos trabalhos de seu tio, começava a consolidar uma forma de moldar a mente e o comportamento das pessoas. Tendo visto o quão eficiente havia sido a campanha “os esforços americanos na Primeira Guerra Mundial são para levar a democracia para a Europa”, da qual participara ainda na administração Woodrow Wilson, o “pai das relações públicas”, como ficou conhecido Edward Bernays, revolucionou os métodos de controle e manipulação social.
Por meio da engenharia do consentimento, Bernays desenvolveu sofisticados métodos de criação de necessidades artificiais, desejos de consumo e distorção da realidade. No início, a aplicação da engenharia do consentimento foi canalizada para o mercado corporativo, tendo seus resultados transformado o mercado de cigarros, por exemplo, radicalmente.
Considerado pela revista estadunidense Times como um dos 100 mais notáveis americanos do século XX, Bernays revolucionou o conceito de propaganda, palavra que àquela época já carregava uma conotação negativa, devido à Primeira Guerra.
O grande truque era agir nos bastidores do consciente, do perceptível, segundo palavras do próprio Bernays, “o que eu forneço aos líderes (CEOs de conglomerados que o contratavam para campanhas publicitárias) são os meios para controlar e reger as massas de acordo com nossa vontade, sem que eles saibam disso”.
O campo de batalha, antes associado a terras e fronteiras, facilmente perceptível a olho nu, foi deslocado para dentro da mente das pessoas. O sistema de domínio das elites financeiras sobre o resto da população ganhou um novo e sólido pilar de sustentação. O controle da narrativa, e com ele a capacidade de conduzir a sociedade da maneira que lhes melhor aprouvesse.
Quase que concomitantemente ao que ocorria na costa oeste do atlântico, na Basiléia, Suíça, apenas por coincidência a mesma cidade que sediou o primeiro congresso sionista liderado por Theodor Herlz, “o homem que mandava cartas intimidando um Rothchild”, consolidava-se o BIS (Bank for International Settlements), que na tradução correta significa Banco para Colonizações (Assentamentos) Internacionais – o chamado “Banco Central dos Bancos Centrais”, com ramificações em praticamente todo o planeta.
O BIS tornou-se o quartel general da elite financeira sionista e dali emanam as diretrizes que movem o sistema monetário e financeiro ao redor do globo, através de suas filiais, os Bancos Centrais, que de governamentais possuem somente o nome, pois de fato são comandadas por máfias bancárias, as mesmas que, em 1910, se reuniram em Jekyll Island maquinar a criação do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, detentor do monopólio de imprimir um papel que pode ser trocado em qualquer lugar do mundo por riquezas reais tais como minérios, petróleo, terras aráveis, mananciais de água, força laboral e o que mais estiver disponível de ser precificado.
O poder armado, que era até então o tentáculo mais forte desse opctopus, ganhou dois bíceps de halterofilista: o anteriormente comentado “poder de controle mental” e o ultra poder global de emissão e regulação monetária, que pode ser simplificado na nomenclatura “poder econômico”.
Após a Segunda Guerra Mundial, as técnicas de manipulação mental de Bernays ganharam robustez e obscuridade. Foram encampadas e aprimoradas por agências secretas e institutos de “estudos” comportamentais, tais como o famigerado Instituto Tavistock, criado um ano após o fim da SGM e cujo corpo de “cientistas” tinha em sua composição alguns debandados do regime nazista – os quais sorrateiramente receberam identidades falsas e foram asilados pelos EUA e Reino Unido para trabalharem para essas organizações.
Um perfeito exemplo de como esses poderes se associaram lá trás e continuaram inseparáveis ao longo do último século é o mais vivo do que nunca Consenso de Washington, de 1989. Segundo o mainstream, o consenso consistia em “uma conjugação de medidas formuladas por economistas de instituições financeiras situadas em Washington D.C., como o FMI, o Banco Mundial e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos (o verdadeiro eixo do mal), que se tornou a política oficial do FMI a partir dos anos 90, quando passou a ser receitado para promover um “ajustamento macroeconômico dos países em desenvolvimento que passavam por dificuldades”. (GEORGE W BUSH. 2002)
Na verdade, o Consenso de Washington foi um rosto bonitinho da velha face do Destino Manifesto, crença de que “o povo dos Estados Unidos” (elite anglo/sionista/saxã/germânica) teria sido eleito por Deus para comandar o mundo, usada para fundamentar as atrocidades cometidas contra os indígenas na Marcha para o Oeste e, mais tarde, para apoiar a política expansionista dos Estados Unidos para as Américas do Sul, Central e Caribe. Por detrás dessa “máscara”, composta por palavras rebuscadas, termos em “economês” e muita engenharia do consentimento, o poder econômico promove a pilhagem dos recursos reais dos povos periféricos sem serem percebidos, com suas reputações pessoais e empresariais sempre incólumes.
O poder do controle mental é crucial na estratégia de dominação. Uma conhecida técnica utilizada baseia-se no trinômio problema-reação-solução. Cria-se um problema intencionalmente, espera-se a reação do público (já previamente conhecida de experiências anteriores, vide Instituto Tavistock) e vem-se com a solução para o problema criado. Uma analogia perfeita é a famosa história do bode na sala.
De acordo com o próprio Banco Mundial, em um texto de 2005, “o Consenso de Washington não era o único ponto de vista dos economistas, mas era o dominante, tornando difícil que outros fossem ouvidos”. Lembram-se de engenharia do consentimento? Lembram-se de Edward Bernays, sobrinho de Freud? Pois é!
Mais de 30 anos após a aplicação obediente do “receituário neoliberal” proposto pelo Consenso de Washington, os pacientes da América Latina, aos quais nunca sobra o direito de escolha sobre qual medicamento utilizar, chegam em 2020 na “UTI” com o prontuário descrevendo causa EQM, experiência de quase morte.
Onde estará o desfibrilador?
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Opa… Excelente texto.
Lendo esse texto, nos sentimos massa de manipulação. Agora essa turma anglo sionista, germânica, se sentirem representantes de Deus, realmente são uns psicopatas, por isso são dissiminadores de tanta miséria e falcatruas pelo pelo mundo afora. Mas eu acredito num mundo energético, de frequência, hertz, e o Universo vai dar resposta a tanta carga negativa dos humanos. Já havia lido, alguns textos sobre esse assunto dos bancos, BIS, Banco Centrais, Basiléia, Rodchild(sei lá como se escreve) , ladrões de ouro do Brasil, desde o século XVIII, através de texto de Daniel Simões. É tudo muito grave. E somos culpados também, por deixarmos se envolver tanto com a vida material e conceitos padrões de sociedade.
Massa seja de pão ou gente é para, os espertos, ser manipulada.
“…Nem Freud explica!” Textos com informações muito bem concatenadas que nos levam a refletir se ainda temos a ingenuidade de achar que temos escolhas.