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Trump prometeu fim da dívida em 8 anos: já pulou de US$ 14,4 tri para US$ 21 tri.
Reflexo do golpe que a pandemia do coronavírus desferiu na economia. O déficit orçamentário dos EUA ultrapassou US$ 3,1 trilhões em 2020, o pior resultado do país, contra cerca de US$ 1 trilhão no ano passado, que já representava um nível elevado. Até então, o mais alto déficit tinha ocorrido em 2009, quando chegou a US$ 1,4 trilhão, ou seja, menos da metade da contagem de 2020.
Deve-se ressaltar que déficit inédito reflete o ano fiscal de 2020, que inclui vários meses antes da pandemia Covid-19. Tanto a quantia de gastos federais este ano quanto o déficit geral são valores recordes na história norte-americana, disseram altos funcionários do Departamento do Tesouro a repórteres por telefone na sexta-feira.
Os novos dados da Casa Branca, relativos ao ano fiscal encerrado em 30 de setembro, mostram como um grande aumento nos gastos, para enfrentar as consequências econômicas, alimentou um aumento histórico da dívida. O governo gastou US$ 6,552 trilhões, acima dos US$ 4,447 trilhões de um ano atrás, de acordo com os dados divulgados em conjunto com o Departamento do Tesouro. A arrecadação somou US$ 3.420 trilhões em receitas , uma ligeira redução em relação a 2019.
Para agravar, ainda mais, a situação, os totais da dívida aumentaram acentuadamente durante a administração de Donald Trump, mesmo antes da pandemia. Em campanha eleitoral em 2016 prometeu eliminar completamente a dívida em oito anos. Quando assumiu o cargo a dívida estava em torno de US $14,4 trilhões e agora em US$ 21 trilhões.
O déficit – que é a lacuna entre os gastos do governo e a receita tributária – mostra o aumento dramático nos gastos que o governo dos EUA aprovou para conter as consequências da pandemia no início deste ano. “A maior parte do aumento do déficit em relação ao ano passado é resultado de gastos mais altos como resultado de alívio cobiçoso”, disse Marc Goldwein, especialista em orçamento do Comitê para um Orçamento Federal Responsável, que defende a redução do déficit, apurou o jornal Washington Post.
Mais ajuda
Os novos números aparecem no momento em que a Casa Branca e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi (D-Calif.), estão travando negociações sobre outra rodada de alívio econômico, que poderia incluir outros cerca de US$ 2 trilhões em ajuda. Gastos como esse podem aumentar ainda mais o déficit orçamentário do governo. Especialistas econômicos de todo o espectro político, incluindo o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome H. Powell , disseram que a assistência é necessária para evitar que a recuperação econômica diminua e impedir que milhões de caindo na pobreza. As empresas aceleraram o ritmo de demissões nas últimas semanas, principalmente em empresas relacionadas a viagens.
Acontece que vários legisladores republicanos se irritaram com a onda de gastos federais em resposta à pandemia, e o déficit crescente pode alimentar sua relutância em autorizar alívio adicional. Os conservadores alarmados com o déficit também podem pressionar fortemente por sua redução caso o candidato democrata à presidência, Joe Biden, ganhe a eleição, preparando o cenário para um renascimento das ferozes batalhas orçamentárias que caracterizaram grande parte do governo Obama.
O governo dos EUA tradicionalmente administra algum tipo de déficit orçamentário financiado por impostos e emissão dívidas, sendo estas últimas beneficiadas por taxas de juros baixas, o que torn relativamente barato emitir dívidas.
Em março e abril, o Congresso aprovou cerca de US$ 3 trilhões em programas de gastos em resposta à pandemia. Isso incluiu centenas de bilhões de dólares em ajuda para desempregados e pequenas empresas, bem como cheques de estímulo de US$ 1.200 para milhões de norte-americanos. A economia entrou em forte recessão no início deste ano, quando muitas empresas fecharam e enviaram trabalhadores para casa por causa do surto do vírus.
O desequilíbrio de gastos do governo disparou em abril e junho, à medida que os esforços governamentais de ajuda ao coronavírus foram implementados e a economia entrou em colapso. Isso porque a diferença entre os gastos federais e a receita tributária arrecadada cresceu a níveis sem precedentes. O déficit mensal saltou para US $ 738 bilhões apenas em abril , o que foi um recorde até que o déficit mensal de junho chegou a US $ 864 bilhões . O déficit de junho foi maior do que todo o déficit de 12 meses em 2018.
Os gastos dispararam entre as agências governamentais este ano. O Departamento de Educação, por exemplo, gastou 96% a mais do que no ano fiscal anterior, enquanto a Small Business Administration gastou cerca de US$ 600 bilhões a mais do que nos anos anteriores devido à implementação do Programa de Proteção do Cheque de Pagamento para pequenas empresas afetadas pelo vírus.
Segundo apurou o Washington Post, apesar do aumento do déficit, economistas e legisladores de ambos os lados do corredor político clamam por mais gastos do governo. A taxa de desemprego caiu de 14,7% em abril para 7,9% em setembro, mas dezenas de milhões de norte-americanos continuam desempregados e os pedidos de subsídio de desemprego aumentaram. Um benefício federal para milhões de desempregados expirou, e os economistas alertam que a recuperação pode ser estagnada ou revertida com o encerramento prematuro dos programas de ajuda do governo.
É bom lembrar que o fracasso dosEUA em estimularem a economia de forma adequada ajudou a levar a uma recuperação morna da Grande Recessão, e os legisladores devem evitar cometer o mesmo erro novamente, disse Angela Hanks, vice-diretora executiva do Groundwork Collaborative, um grupo de esquerda. O Congresso ainda precisa aprovar mais gastos para evitar que as pessoas passem fome ou percam suas casas, disse ela.
“Empilhados com perguntas sobre a dívida, investimentos significativos para melhorar a vida das pessoas devem vencer todas as vezes”, disse Hanks. “O investimento maciço agora ajudará no crescimento da economia em geral e, se buscarmos a austeridade, as pessoas sofrerão e teremos uma recuperação mais lenta e dolorosa em todas as áreas”.
Com informações Monitor Digital
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Em 2019 o governo estadunidense gastou US$ 4,447 trilhões gerando um déficit de US$ 984 bilhões, ou seja, sua arrecadação foi de US$ 3,463 trilhões, não muito diferente da arrecadação de 2020, de US$ 3,420 trilhões. Como no Brasil não tivesse havido ajuda emergencial contra a pandemia o resultado teria sido muito diferente, no sentido de ser pior, que os US$ 43 bilhões a menos na arrecadação.
Mas isso é uma cortina de fumaça que esconde um Estado refém de um sistema financeiro. Uma sociedade mantida por seu consumismo desenfreado, que ao perdê-lo se desintegrará.
Tomando como base 2019, ano com todos os dados consolidados e sem a influência da pandemia, os EUA tiveram um PIB de US$ 21,4 trilhões, arrecadação de 16,2% do PIB e dívida pública atingindo US$ 22,4 trilhões, ou seja, mais de 104,3% do PIB! Essa dívida, que já é impagável, pois em 2019 representava 6,5 x a arrecadação anual, no ano fiscal de 2020 cresceu mais US$ 3,13 trilhões, ultrapassando os US$ 25,6 trilhões! Independentemente de quem assuma a presidência em 2021, a dívida significará que os EUA precisam cortar na própria carne, já o “american idiot” a olhos vistos percebe a deterioração de seu padrão de vida, com a proliferação de homeless, filão de comida e desempregados.
Cortar na própria carne implicará em diminuir os gastos, principalmente os gastos militares que são desproporcionais ao seu orçamento, o que acelerará do fim do império, pois gastos militares da ordem de 20% da arrecadação é um ovo muito grande para uma galinha, ou mesmo uma águia, botar.
Os números citados podem ser encontrados em: https://pt.countryeconomy.com/