Por Roberto Nishiki
Basicamente é a ideia de que um pardo pode ser preto ou branco de acordo com a conveniência do Movimento Afro-Ford-Soros do Bostil: Pardo preso? Preto. Pardo na Universidade? Branco. Pardo dando tiro usando farda? Branco. Pardo levando bala no rabo? Preto. Pardo apoiando o Bolsonaro? Elite Branca. Pardo apoiando o PSOL? Preto Oprimido. Pardo recebendo altos salários? Branco. Pardo trampando de gari? Preto.
Segundo as novas descobertas da Física brasileira, a decoerência quântica da molécula parda só se resolve com a observação do ixquerdista. Até que um identitário resolva observar o pardo, ele é branco e preto ao mesmo tempo. Só quando o membro da ixquerdinha colorida dá um chilique, a decoerência parda se resolve e o pardo assume uma identidade.
Por exemplo, o Fernando Henrique Cardoso. Apesar de ter boca de preto e ventas de africano, ele é branco, pois foi presidente do Brasil e agora está rico com apartamento em Paris. Se estivesse morando numa favela, ele seria um preto oprimido. Mas até o ixquerdista observá-lo, ele é as duas coisas, preto e branco.
Isso vale para qualquer pardo. Se estiver tomando um enquadro da polícia, ele é preto. Se estiver dando o enquadro, ele é branco. Se estiver num cargo de gerência dando esporro num funcionário, ele é branco. Se estiver tomando o esporro, ele é preto. Se estiver traficando ecstasy em festa de bacana, ele é branco. Se estiver traficando crack no Bairro da Luz, ele é preto. Se estiver em comício do Bolsonaro, ele é branco. Se estiver no comício do PSOL, ele é preto. Se for dono da Odebrecht, ele é branco. Se for à falência e ir morar na rua, ele é preto. Se for entrar no cálculo do IBGE ele é preto, se for tentar as cotas ele é branco.
Simplesmente fantástico, sua analogia. Adorei
Bem isso