Em entrevista ao Portal TV Democracia, Aldo Rebelo, ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro da Defesa, manifestou-se contrário ao impeachment de Jair Bolsonaro. Para ele, as acusações elencadas nos diversos pedidos protocolados na Câmara não constituem argumentos sólidos para se pedir a destituição de um presidente eleito há apenas dois anos.
Aldo lembrou que o impedimento de presidentes no Brasil foi banalizado, desde a destituição de Fernando Collor de Melo em 1992 e também com Dilma Rousseff em 2016. Enxerga criticamente ambos os episódios, que, em sua visão, contribuíram para o enfraquecimento do Poder Executivo, justamente o poder no qual a representação popular se faz mais presente, lembrando de figuras históricas como Getúlio Vargas, Juscelino Kubichek e João Goulart. Todos eles ou sofreram golpes ou tentativas de golpe.
Para ele, as forças políticas que pedem o impeachment de Bolsonaro devem ficar atentas ao fato que caso o instituto do impedimento se fortaleça, tirando mais um presidente eleito, ele pode muito bem ganhar legitimidade para se voltar contra um presidente eleito proveniente da atual oposição ao governo.
Contudo, Aldo Rebelo fez questão de rechaçar a possibilidade de golpe pelas Forças Armadas, quando perguntado a respeito pelos entrevistadores. Para ele, elas estão a favor institucionalidade, e os episódios de golpes militares ficaram para trás. Além disso, fez questão de lembrar que as FFAA agiram, historicamente, contra a fragmentação do país durante o Período Regencial, quando o Brasil enfrentou quatro guerras civis simultaneamente, e agiram pelo fim da escravidão, pela República e pelos avanços do Governo Vargas.
No entanto, não faltaram críticas ao Governo Bolsonaro, sobretudo quanto à sua política externa e a relação com os militares. O atual discurso do Itamaraty é de “defesa do Ocidente e seus valores”, mas Aldo aponta a contradição de ser o próprio núcleo do Ocidente, países como a França e a Alemanha, o que mais pressionam o Brasil pela internacionalização da Amazônia. O que deve se intensificar com a ascensão de Biden à presidência dos Estados Unidos. Segundo Aldo, não são a Rússia e a China, por exemplo, que pressionam pela internacionalização da Amazônia e corroboram as denúncias, na mídia internacional, do Brasil como grande predador do meio-ambiente.
Assista a entrevista na íntegra aqui.
Quanta falta de Dignidade deste ex comunista, ex ministro da Dilma.
Como pode dizer que não há crimes de responsabilidades praticados pelo indivíduo que ele defende??
Olhem as mortes, olhem a inação deste governo.
E a Tragédia de Manaus??? #Basta
E o que o Paul Guedes está fazendo, o ex comunista apoia???
Este sr. é um Lesa Pátria, não é digno da confiança do Povo.
Não vamos esquecer desta declaração !
Maculou seu Curriculum para sempre!!!
Traidor do Povo Brasileiro!!!
Cara Ester,
Não se discute aqui a incompetência do governo em lidar não só com a epidemia, mas em outros assuntos também – nem tampouco a atuação de Paulo Guedes, da qual somos críticos ferrenhos, assim como o Aldo. Mas há mesmo base não só legal (como não houve nos outros episódios de impedimento no Brasil) e também política para tirar Bolsonaro da presidência? Nessa linha, Alberto Fernandez pode ser responsabilizado pelas 50 mil mortes na Argentina, Boris Johnson pelas 80 mil no Reino Unido e Donald Trump pelas mais de 400 mil nos EUA? Será que as aglomerações, bailes funks e boates, acontecem, precipuamente, pelas falas e posturas do presidente? Na comparação com os numero relativo de mortes o Brasil está próximo aos demais países ibero-americanos.
Esse ônus de não dançar conforme a música Brizola também recebeu, quando a derrubada de Collor ajudou o neoliberalismo na figura de FHC e seus asseclas a vir ainda mais forte na sucessão de Itamar Franco. Vamos falar menos com o fígado e tentar entender melhor que os outros falam. Abraços!