O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, nesta quarta-feira, a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), em São Francisco do Conde, na Bahia, e de seus ativos logísticos associados para a Mubadala Capital, fundo estatal dos Emirados Árabes Unidos, pelo valor de US$ 1,65 bilhão (cerca de R$ 9,1 bilhões).
Análise feita pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep) avaliou o valor da refinaria e demais ativos (dutos e terminais) entre US$ 3 bilhões e US$ 3,9 bilhões. A avaliação foi feita pelo critério do fluxo de caixa. O Ineep é ligado à Federação única dos Petroleiros (FUP).
O contrato prevê ajustes no valor da venda em função de variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação, e que a operação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A refinaria será a primeira dentre as oito que estão em processo de venda a ter o contrato assinado. Após as vendas, a Petrobras ficará com uma capacidade de refino de apenas 1,15 milhão de barris por dia (bpd), metade da capacidade instalada no Brasil, que é de 2,3 milhões. O consumo de derivados no Brasil em 2019 ficou em cerca de 2,1 milhões bpd, e a previsão da Petrobras é alcançar 2,4 milhões em 2025, segundo estudo do consultor Elie Abadie, ex-engenheiro da estatal.
Oscar Fahlgren, diretor-executivo da Mubadala Capital no Brasil, comentou que a prioridade inicial “é a manutenção de uma gestão de excelência na Rlam e a produção e abastecimento regional competitivo de produtos refinados. Subsequentemente, planejamos maximizar o uso dos ativos da Rlam e toda sua capacidade instalada, investindo em projetos de expansão e melhorias. Acreditamos que, a partir da conclusão do nosso investimento na RLAM, seremos capazes de atrair parceiros globais de negócios para o setor, multiplicando o impacto positivo gerado”.
Com informações Monitor Digital
É muito triste, ver uma empresa tão importante para o desenvolvimento do país, passar por um processo de desmonte e ingerência externa, esta companhia é fruto do esforço e trabalho do povo brasileiro. Até o início dos anos 80, 3 de cada 4 barril de petróleo consumidos no Brasil eram importados, o país se endividou para importar petróleo, segundo Delfim Neto, isso levou o país a emprestar dólares para pagar o juro da dívida e rolar o principal.
Em meados de 2015, a AIE ( Agencia internacional de energia, estimava que em 2040 o mundo consumiria 103,5 barris de petróleo com as novas tecnologia sendo adotadas, teria uma queda gradual de 4% ano na oferta, pela depleção dos velhos campos e GAP de 40 mb em 2040, que teriam de ser preenchidos por novos campos ainda para serem desenvolvidos. acontece que em 2019, já se consumia 102 Mb dia ( prof. Kejell Aleclett, Suécia), as energias renováveis não acompanha o consumo mundial, com China, Índia e EUA, devorando grandes quantidades de energia.
Com a Covid 19, em 2020, o consumo caiu, mas logo se recuperou junto com os preços. Segundo especialistas, existe 1,6 trilhão em reservas conhecidas de petróleo, e muito pelos oceanos que ainda não se conhecem, mas, a oferta começa a apertar, quado todos previam que a procura diminuiria pelas novas tecnologias. Será que entramos no pico do petróleo ! ( não tem Elon Musk que resolva ). As empresas vão ter que parar os automóveis a combustão ( VW já avisou não desenvolverá mais estes motores ). de qualquer modo, a petrobras é uma empresa de energia e estratégica para o país.