De acordo com o último Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o preço médio da gasolina nos postos brasileiros avançou 25% quando comparados os valores registrados em junho de 2021 e dezembro do ano passado. Nesse primeiro semestre, o etanol apresentou aumento de 36,3%.
“Após o fechamento de junho, a gasolina foi comercializada nos postos a R$ 5,872 o litro, valor 1,28% acima do registrado no mês anterior. Já o etanol foi encontrado a R$ 5,032, que representa alta de 4,35%”, pontua Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.
Tanto a gasolina quanto o etanol apresentaram aumento de preços em todas as regiões, na comparação com o fechamento de maio. O aumento mais significativo para ambos os combustíveis foi registrado no Nordeste, de 2,11% para a gasolina, e 5,54% para o etanol – que nos postos nordestinos foi encontrado pelo maior preço médio do País, a R$ 5,163. A gasolina mais cara foi comercializada no Sudeste e no Centro-Oeste, a R$ 5,966. Os postos no Centro-Oeste registraram o etanol mais barato, a R$ 4,658. Já a gasolina com o menor preço médio por litro esteve no Sul, a R$ 5,683. Os menores aumentos foram encontrados no Sudeste, no caso do etanol, que teve alta de 2,14%, e no Norte, onde a gasolina avançou 0,43%.
O Amazonas foi o único estado a apresentar recuo de preços para um desses combustíveis. A gasolina nos postos teve redução de 0,50%, na comparação com o fechamento de maio, e foi comercializada a R$ 5,363. Mas foi outro estado nortista, o Amapá, que apresentou a gasolina com menor preço médio do País, a R$ 5,318. No Acre, por sua vez, o combustível segue com o preço mais caro, encontrado em junho à média de R$ 6,396 o litro. O Rio Grande do Norte registrou o maior aumento da gasolina, de 3,70% em relação ao mês anterior. O cenário é o mesmo no caso do etanol, após aumento de 12,56% no preço médio por litro.
“Nenhum outro estado apresentou alta acima de 10%”, destaca Pina.
O etanol mais caro do país, no entanto, foi encontrado no Rio Grande do Sul, a R$ 5,750. Já o combustível com menor preço médio esteve em São Paulo, a R$ 4,222.
Já levantamento do preço de combustível da ValeCard, referente ao mês de junho (realizado entre 1º e 29), apontou que o preço médio da gasolina registrou variação positiva pelo 13º mês seguido. Em junho, o valor subiu 1,41% nos postos de combustíveis do país – em média, o litro foi vendido a R$ 5,915 (no mês anterior, o preço médio foi de R$ 5,832). Nos primeiros seis meses de 2021, o preço da gasolina subiu 25,48% no Brasil – em dezembro de 2020, o valor médio era de R$ 4,714. As maiores altas foram registradas em Pernambuco (3,83%) e no Maranhão (3,81%). Nenhum estado registrou queda no preço do combustível. As capitais do Rio de Janeiro (R$ 6,341) e do Acre (R$ 6,331) foram as que apresentaram maiores preços médios em junho. Já Manaus (R$ 5,301) e Curitiba (R$ 5,381) registraram os menores valores.
Rio Grande do Sul (R$ 5,722) e Rondônia (R$ 5,694) registraram os maiores preços médios do etanol em junho. Conforme o levantamento, a exemplo do que aconteceu em maio, apenas em Mato Grosso compensa abastecer o veículo com etanol – a opção só é vantajosa quando o litro do derivado da cana-de-açúcar custar 70% (ou menos) do que o litro da gasolina.
Por outro lado, estudo da Ativa Investimentos apontou que, hoje, existe um potencial de elevação de 20% no preço da gasolina comercializada pela Petrobras.
“O nosso melhor modelo de acompanhamento da defasagem aponta hoje para potencial de elevação de 20% para o preço chegue na paridade internacional”, explica Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos.
“Pelo que estamos acompanhando, tal reajuste não deverá ser dado pela Petrobras tão em breve, uma vez que a companhia tem esperado intervalos maiores para reajustar os preços”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
Com informações Monitor Mercantil