Mais de 40% dos entrevistados citaram a pandemia como causa do encerramento das atividades; para 22%, falta de capital de giro foi fatal.
Estudo do Sebrae com base em dados da Receita Federal e pesquisa de campo, mostra que a taxa de mortalidade dos microempreendedores individuais (MEIs) é de 29%. Mais de 40% dos entrevistados citaram a pandemia do coronavírus como causa do encerramento das atividades da empresa. Para 22%, a falta de capital de giro foi primordial para o fechamento do negócio. Entre as empresas que encerraram as suas atividades, cerca de 34% dos entrevistados acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento da empresa. Ainda segundo o levantamento, apenas 7% desse grupo de empresas solicitaram crédito bancário e obtiveram êxito.
Já pesquisa feita pela 4blue, empresa de gestão financeira direcionada para o pequeno e microempreendedor, entrevistou 845 empreendedores para mapear o efeito da pandemia nesses pequenos empresários, como também descobrir o que mais os afligia em relação aos seus negócios. Os dados mostram que na pergunta feita sobre como a crise impactou financeiramente a empresa, 47% afirmam ter sofrido um grande impacto; 25,8% indicam ter melhorado, 22% informam que não mudou muita coisa e 5,2% não sabem, pois declaram não ter controle sobre as finanças.
Já sobre o comparativo de vendas antes da crise e hoje, os números mais significativos correspondem a 29,7% que respondem que as vendas estão muito abaixo do que o normal; 27,7% atestam que as vendas estão um pouco abaixo; e 16,2% estão vendendo dentro da média.
Quando questionados sobre a rotina de trabalho do negócio, 60,7% alegam estar funcionando em horário e rotina normais; sendo que 25% estão com horário reduzido; e 9,8% dos entrevistados informam estar completamente parados ou fechados. Esses números comparados com a mesma pesquisa feita em janeiro deste ano apresenta uma evolução positiva, visto que antes 59,2% estavam funcionando em horário e rotina normais e 10,1% estavam completamente fechados ou parados.
Na pergunta de múltiplas escolhas em relação ao que os entrevistados estão fazendo para contornar a situação e manter o financeiro saudável, a surpresa ficou por conta dos 51,8% estarem em busca de formas de arrumar o financeiro; 44,6% reduziram custos; 28% criou promoções; sendo que 28,9 fizeram empréstimos.
Mesmo diante de um cenário ainda incerto por conta da pandemia, 47,5% dos empreendedores entrevistados têm se sentido confiantes, pois entendem que é uma fase e que irão sair dela; sendo que 15,3% sentem-se preocupados; e 15,6% estão ansiosos, pois não sabem o que esperar.
Com informações Monitor Mercantil