De acordo com o Conselho Mundial do Ouro, as reservas de dólar acumuladas nos bancos centrais do mundo despencaram na última década, atingindo em 2020 a menor marca dos últimos 25 anos.
Em paralelo, as reservas de ouro não param de crescer. Em setembro de 2021, elas totalizavam cerca de 36 mil toneladas, o maior volume dos últimos 31 anos.
Segundo analistas, existe uma tendência entre os bancos centrais dos países em optar pelo ouro como reserva monetária diante das preocupações cada vez mais crescentes sobre a longevidade do regime monetário do dólar.
Essa tendência é ainda mais forte entre os países de economia intermediária. A título de exemplo, só em 2021, a Tailândia adquiriu 90 toneladas de ouro, enquanto Índia e Brasil adquiriram, respectivamente, 70 e 60 toneladas.
O crescimento na compra do metal precioso teve início durante a crise de 2008, quando o governo norte-americano despejou trilhões de dólares na economia mundial por meio da flexibilização quantitativa, fazendo os ativos lastreados em dólar perder valor.
A erosão do dólar como moeda global também tem tido influência das decisões recentes de Rússia e China de diminuírem gradualmente o uso da moeda nas transações comerciais entre os dois países.
Com informações da RT