
Por Rubem Gonzalez
A decisão do Alexandre de Moraes sobre o bloqueio do Telegram é uma obra de ficção e uma vergonha jurídica sem precedente na história do direito constitucional brasileiro.
Ao invés de investido no cargo se ater ao compêndio jurídico, o ministro com ares imperiais e pendores de ditador, se julgando um Júlio César pós-moderno, cria uma peça processual que deveria entrar para os anais de como não se deve portar um magistrado.
A peça em epígrafe tem ares rocambolescos e se não fosse o seu conteúdo autoritário serviria tranquilamente de roteiro para uma comédia.
Contém desde consultoria técnica, indicações de como o site deve se portar, o que deve ser mudado para se adequar não a lei, mas ao que ele acha que deve ser o comportamento e o enquadramento da plataforma.
Todo enunciado da sentença é um desserviço ao direito e uma ode de autoritarismo de uma juristocracia que sem dúvida alguma caminha para o seu fim.
Tendo como armas apenas a arrogância, a prepotência, a proteção de alguns grupos financeiros, porém sem deter, direto da mente, o comando de nenhuma força real, o judiciário brasileiro caminha para um triste fim.
O pior é que os petistas idolatram o Xandão. Os petistas acham que contra o Bozo “vale tudo”, mas esquecem que amanhã eles é que vão ser vítimas da censura do STF (Super Xandão).
O Bozo fazia campanha eleitoral antecipada em 2013 e a justiça eleitoral nunca viu… No “vale tudo” eleitoral a direita está em vantagem, já que a justiça eleitoral é controlada pela direita. O STF recebeu superpoderes justamente por ter apoiado o golpe de 2016.
O objetivo da direita (Globo Golpista e PSDB) é tentar tirar votos do Bozo para viabilizar a, natimorta, terceira via.