
Do Infobae.
Na quarta-feira à tarde, o Presidente Gustavo Petro recebeu uma visita dos Estados Unidos, desta vez não foi uma comissão governamental do país norte-americano, mas um dos mais importantes representantes das Forças Militares dos Estados Unidos. O presidente realizou uma reunião na Casa de Nariño (sede do governo colombiano) com a comandante do Comando Sul dos EUA, Laura J. Richardson. Embora a reunião tenha sido realizada em particular, sem acesso à mídia, o Chefe de Estado revelou as questões que foram discutidas.
A política antidrogas é uma questão de primordial importância para ambos os países, razão pela qual o Presidente garantiu que era um tema a ser discutido nesta reunião. Entretanto, a proposta que chamou a atenção da reunião foi a proposta feita pelo presidente, Gustavo Petro, ao país norte-americano; criar uma força militar que se concentre na proteção da floresta tropical amazônica.
Segundo o presidente, o principal objetivo desta força militar seria proteger a Amazônia dos incêndios que estão ocorrendo com crescente frequência nesta área do planeta. Esta situação, disse o presidente, representa um problema de segurança que envolve toda a humanidade.
“Eu estava propondo ao general a construção de uma força, que ela me disse que já tinha um esboço no Brasil, uma força militar com helicópteros, etc., mas com o objetivo de apagar os incêndios na floresta amazônica, que é o principal problema de segurança que a humanidade enfrenta hoje”, disse o Presidente Petro.
O Chefe de Estado reconheceu a importância da Amazônia para o planeta, acrescentando que se estes incêndios continuarem, a Amazônia corre o risco de atravessar um ponto onde será inevitável conter as consequências adversas para o equilíbrio ambiental da região e do mundo inteiro.
Para o presidente colombiano, o cuidado com a floresta amazônica é algo que não deveria ser de responsabilidade exclusiva dos países onde ela está localizada, mas uma questão de preocupação global. Ele propõe, portanto, consolidar esforços, não apenas militares, mas também econômicos e sociais, para que a queima da Amazônia não continue a aumentar, como vem acontecendo.
“Nosso rival está naquelas chamas que podem queimar a floresta tropical”. E a melhor mensagem que uma colaboração militar entre os Estados Unidos e a Colômbia poderia enviar ao mundo é precisamente que ela não queima, e que nós estabelecemos os mecanismos econômicos e sociais, por um lado, e os mecanismos militares e operacionais, por outro, para evitar a queima da floresta amazônica”, disse o presidente.
Os incêndios na Amazônia estão aumentando dramaticamente.
Em julho deste ano, foram registrados 5.373 incêndios na floresta amazônica brasileira, de acordo com dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Apesar deste número de incêndios, que por si só já é alarmante, no mês anterior houve um aumento de quatro vezes, com um total de 26.299 incêndios registrados em agosto, de acordo com o INPE.
Esta situação na Amazônia teve repercussões na qualidade do ar em Bogotá, porque, como advertiu a Secretária do Meio Ambiente, Carolina Urrutia, houve um aumento de material de gases nocivos na atmosfera devido aos incêndios florestais na Amazônia brasileira. Esta é uma situação que é replicada na maioria dos países da América do Sul, por isso as autoridades ambientais estão pedindo medidas para conter os incêndios florestais.
NOTA: nas redes sociais, a General Richardson ficou conhecida sobre a seguinte fala em relação à Amazônia, conforme o vídeo abaixo.