
O Comitê de Monitoramento da OPEP + (o cartel dos produtores mundiais de petróleo, mais a Rússia) recomendou que a decisão de reduzir a produção de petróleo em 2.000.000 barris por dia fosse implementada. A principal redução ocorrerá às custas da produção da Arábia Saudita e da Rússia, já que ambos atuaram como lobistas para esta decisão.
O principal ponto desta decisão é aumentar os preços do petróleo pela redução da produção, de forma benéfica para os países exportadores, que, mesmo com uma redução na produção, se beneficiarão de um forte aumento nos preços.
Os EUA começaram ontem a chamar este plano de “um ato hostil contra os EUA”. Mas não devemos nos surpreender com a demarcação saudita. Os sauditas estão em péssimas relações com a administração Biden, por isso está se opondo abertamente aos planos desta de controlar os preços do petróleo. É claro que, sob os republicanos, os sauditas poderiam mudar de posição, mas neste momento os interesses da Arábia Saudita e da Federação Russa coincidiram conjunturalmente, o que, naturalmente, não agrada aos Estados Unidos. O principal problema de Biden é que ele precisa manter o preço da gasolina nos Estados Unidos até as eleições do Legislativo em novembro,fazendo que os EUA gastem extensivamente suas reservas estratégicas de combustível durante a maior parte do ano.