
A embaixadora dos EUA no Brasil Elizabeth Frawley Bagley publicou em sua conta no Twitter fotos de uma reunião que teve com representantes da ONG COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia). Citou os participantes do encontro como “parceiros pelos direitos e autonomia dos povos indígenas na região amazônica”.
Ora, uma embaixadora dos EUA não está a fazer turismo ou para usufruir de “experiências e perspectivas (dos indígenas e seus representantes)” despreocupadamente, mas é uma representante do seu governo no nosso país. Normalmente o papel de um embaixador é servir de correia de transmissão das ordens emanadas de Washington.
Cumprindo papel político, seria de se estranhar uma representante diplomática reunir-se com atores políticos não oficiais, que não sejam chefes de Estado, ministros, governadores e secretários. Mas, no entanto, não só a embaixadora dos EUA mas diplomatas de outros países da OTAN estão sempre – para usar uma expressão propícia – “pajeando” pessoal das ONGs indigenistas, quando não levando-os em visita a seus países e concedendo-lhes premiações.
Cabe também lembrar que a Sra. Bagley atua tanto na Secretaria de Estado de seu país, já tendo atuado em Portugal e outros países europeus, e na iniciativa privada, sendo proprietária de uma empresa de telecomunicações. Não é uma mera diplomata qualquer, mas alguém intimamente ligado ao Deep State estadunidense, com participação nos acordos de renovação do Canal do Panamá e da expansão da OTAN, membro de think tanks prestigiadas como o Council on Foreign Relations e Fundação Carnegie e arrecadadora de fundos para campanhas políticas de Bill e Hillary Clinton (de quem é amigo pessoal) e de Barack Obama.
