
The B-52 bomber command pilot Major T.J. Kong (played Slim Pickens) rides the Nuclear Bomb to the Soviet Nuclear missile base target.
Duas visões sobre o papel dos EUA no mundo são apontadas por duas figuras de ponta no estabilishment estadunidense. Enquanto o diretor da CIA William Burns admite que seu país não é tão forte na política mundial como era há algumas décadas, o ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, John Bolton, acredita que só o acirramento do confronto com os rivais seria uma solução aceitável para os dilemas do poder mundial para os EUA.
Em palestra ao Instituto Baker em Washington, William Burns, que já foi embaixador na Rússia durante o governo George W. Bush (2001-2009), afirmou que ainda que os EUA “tenham uma situação melhor do que os nossos rivais, nossa posição de único grande jogador geopolítico não está garantida”, tendo em vista que assistimos” a mudanças que chegam algumas vezes por século” no momento.
De acordo com Burns, enquanto a China “não se contenta em ter apenas um assento à mesa, mas comandá-la”, a Rússia quer “virá-la de cabeça para baixo”.


Enquanto isso, o ex-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA John Bolton exortou Washington a implementar uma nova estratégia ao estilo da Guerra Fria contra a Rússia e a China, em um artigo no Wall Street Journal. De acordo com ele, o Ocidente deveria reduzir os programas sociais para financiar os gastos militares, renovar os testes de armas nucleares e fornecer garantias de segurança a Taiwan.
Bolton nomeou vários pontos-chave para sua estratégia proposta, incluindo um aumento imediato dos gastos militares para os níveis da era Reagan, que ele alegou que deveria ser mantido por um futuro previsível. Ele também afirmou que as nações ocidentais deveriam reduzir os gastos sociais, porque “nem o Estado social obeso nem os esquemas de redistribuição maciça de renda nos protegem dos adversários estrangeiros”.
Além disso, Bolton insistiu que os EUA deveriam atualizar seus estoques nucleares, o que significaria “a inevitável necessidade de retomar alguns testes subterrâneos”.
O plano dele também incluiria a “melhoria e expansão” das alianças militares estadunidenses, possivelmente tornando a OTAN uma organização global. Isto ajudaria a “excluir Moscou da influência regional, juntamente com Pequim”, alegou o ex-conselheiro.
A ilha chinesa autônoma de Taiwan deveria receber “muito mais ajuda militar” das nações ocidentais, que deveriam “incorpora-la nas estruturas de defesa coletiva”, sugeriu Bolton. A recomendação vem apesar do governo chinês identificar o separatismo taiwanês como uma grande “linha vermelha” que pode desencadear uma ação militar uma vez cruzada.
Finalmente, Bolton instou Washington a se preparar para o que acontecer “depois que a Ucrânia vencer sua guerra com a Rússia”. Ele afirmou que tal resultado poderia levar à fragmentação da Rússia, e advertiu que a China tomaria então alguns de seus territórios, proporcionando-lhe “acesso direto ao Ártico, inclusive ao Estreito de Bering, de frente para o Alasca”.
Bolton serviu como conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump entre 2018 a 2019. Suas visões extremistas, que beiram o ridículo, soam hoje caricatas, mais fazendo dele um personagem de filme hollywoodiano, tal como o Dr. Fantástico, de Stanley Kubrick.
Com informações da RT.