
Da RT.
O papel do dólar como moeda de reserva mundial poderia diminuir em razão de Washington usar sua alavancagem sobre o sistema financeiro global para perseguir seus objetivos geopolíticos através de sanções, admitiu a Secretária do Tesouro Janet Yellen. No entanto, não há nenhum candidato óbvio para substituí-lo, continuou ela.
Yellen foi questionada durante uma entrevista no domingo a Fareed Zakaria da CNN sobre a eficiência das sanções anti-Rússia e sobre o histórico de Washington do que ele descreveu como a “armamentização do dólar”.
Zakaria citou declarações recentes do presidente Lula da Silva e outros políticos sobre o risco de dependência da moeda americana. Ele perguntou se o momento atual seria lembrado como o momento em que “a hegemonia do dólar e seu status como moeda de reserva começariam a vacilar”.
Yellen reconheceu que o uso de sanções financeiras “poderia minar a hegemonia do dólar” a longo prazo, mas prometeu que Washington estava usando esta “importante ferramenta” de forma judiciosa e com o apoio de seus aliados.
Independentemente disso, ela acrescentou, o papel do dólar americano é explicado por fatores como o volume do mercado de tesouros dos EUA, sua ampla utilização no comércio internacional e um “Estado de direito” nos EUA que outras nações (competidoras) não podem oferecer.
“Não vimos nenhum outro país que tenha esta infraestrutura básica e institucional que permita que sua moeda sirva ao mundo desta maneira”, explicou ela.
Os que se opõem ao domínio estadunidense sobre as finanças globais não estão necessariamente defendendo a substituição do dólar por outra moeda que desempenhe o mesmo papel. A liderança russa tem enfatizado uma transição do dólar para as moedas regionais.
A ausência de uma única moeda de reserva global seria um elemento natural de multipolaridade, dizem os defensores de tal modelo. O uso pelo Ocidente de sanções sem precedentes contra a Rússia, incluindo proibições de comércio, apreensão de reservas nacionais e negação de serviços financeiros a suas empresas, apenas acelerou a transição.
“Não é uma coincidência que a conversa sobre uma mudança para as moedas nacionais tenha sido estimulada agora”, observou o Ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov em fevereiro durante uma discussão sobre o comércio Rússia-Brasil. “Ninguém sabe quem o presidente dos EUA poderia achar inconveniente caso se levante do lado errado da cama”.
Yellen também mencionou a questão dos bens russos congelados em sua entrevista com a CNN, argumentando que “a Rússia deveria pagar (com eles) pelos danos que causou à Ucrânia”.
Foto: Getty Images.
Sobre a desdolarização: os EUA já sabem que o processo é inevitável. Para evitá-lo, teria de arrumar briga com toda a Eurásia e África. Sem condições. Rússia, China, Irã, Índia, a África toda, etc. não são Iraque e Líbia. Como o projeto do imperialismo do dólar naufragou, o império decadente vai tentar sua última tábua de salvação, o identitarismo woke. A religião do wokismo é a religião universalista que os EUA vão tentar espalhar para tentar manter seu império. Basicamente o que Roma fez com o catolicismo. Por ser universalista, o wokismo despreza bandeiras nacionais, só respeita bandeira de preto, de gay, de mulher, de transexual, etc. O papel de Lula é o de ajudar os EUA a espalharem sua religião woke pela América Latina e África. Se ele vai entrar na inevitável desdolarização, tanto faz. O importante é abraçar o identitarismo sem restrições. Cada identitário é um missionário do Império Anglo-Sionista. Cada woke é um agente do imperialismo. Movimentos negro, gay, trans, indigenista, feminista, de direitos humanos são braços do império para gerar caos e dominação nos outros países. Lula encheu seus ministérios de wokes financiados por Soros e Fundação Ford. Está cumprindo o papel que lhe cabe no esquema imperial. Tentou também afastar Rússia de China com seu plano de paz furado, mas falhou