Funciona assim: o governo militar faz uma distribuidora do nada, que, em dois anos, se torna a maior do país, uma obra maravilhosa de Ernesto Geisel na presidência da Petrobras, para a expansão da população no nosso território.
Isso se tornou necessário pois, na época, as multinacionais só queriam distribuir nos grandes centros e o interior do Brasil era abastecido com latões e galões, um processo caro perigoso ineficiente, caro e caótico.
Aí o governo federal investiu bilhões do contribuinte que criou a maior e mais eficiente distribuidora do país, motivo de orgulho e gerador de lucro para Petrobras descobrir novos campos e novos horizontes.
Então do nada aparece um governo neoliberal canalha, paladino da moral de aluguel, capitaneado por um presidente falso nacionalista e pega esse patrimônio fenomenal, destrói o mesmo e o entrega a preço de banana para uma gangue de “amigos” .
Estes, a troco de gordas propinas e sociedades em paraísos fiscais, ganham de mão beijada uma empresa que levou 50 anos para virar esse colosso.
No momento seguinte, no melhor estilo farsa programada, ascende ao poder um governo pseudo esquerdista, com ideais pseudonacionalistas que, ao invés de desfazer a maracutaia e colocar a todos na cadeia, faz o mais fácil dos caminhos.
Vai construir outra estatal, outra distribuidora para dentro de poucos anos o ciclo de doação se repetir e todos saírem impunes, bilionários e felizes para sempre.
Fim, é assim que acabam os contos de fada no Brasil, os ladrões felizes e bilionários, todos morando em Miami, porque lá dá para ver o Silvio Santos passeando de pijama.
Rubem Rodríguez González