
O comandante da Marinha Marcos Sampaio Olsen disse na Comissão de Relações Exteriores do Senado que a perdas orçamentárias da força chegam a R$ 1 bilhão, desde 2017, ano em que começaram a vigorar as regras de contenção orçamentária incluída no Novo Regime Fiscal (ou “teto de gastos”).
O comandante fez questão de frisar que a despeito da retórica pacifista oficial, o país não está livre de ameaças no seu mar territorial e plataforma continental, por onde é feita a exploração de petróleo e gás e por onde passam linhas de transmissão de dados. Conforme ele ressaltou, 97% da exploração de petróleo e 80% da exploração de gás são feitas no oceano.
Sem recomposição orçamentária para a Marinha, o comandante advertiu que terá que desativar até 40% dos equipamentos, incluindo embarcações e munições, até 2028. Com o orçamento comprometido para pagamento de despesas obrigatórias, em soldos e pensões, pouca verba fica disponível para manutenção de equipamentos, não deixando outra opção que desativá-las.
Na mesma sessão da Comissão do Senado, Olsen diz que uma fragata brasileira expulsou um navio alemão na Elevação do Rio Grande. Trata-se de uma área, no meio do Oceano Atlântico, que foi incorporada à plataforma continental brasileira, rica, em seu subsolo, em minerais como cobalto, níquel e terras raras.

Por sua vez, o “teto de gastos” deve ser substituído pelo chamado “Arcabouço Fiscal”, a ser apresentado pelo governo durante esta semana. Ainda que com regras um pouco menos rígidas, a aprovação do arcabouço não deve garantir a recomposição orçamentária da Marinha, tendo em vista que as restrições sobre despesas discricionárias, isto é, não obrigatórias, deve permanecer mesmo com este novo regime aprovado conforme o governo vai enviar à Câmara.
E não vejo neste governo que está aí, ação objetiva para melhorar tal cenário … Forças Armadas que se contentem com os seus salários e olhe lá ! E que não arrumamos briga com vizinhos para não passarmos vergonha …