
Ontem, no estádio do Corinthians, com o apoio midiático dessa maldita Rede Globo, a partida de futebol entre o São Paulo FC e o time da casa foi paralisada por causa de “coros homofóbicos”.
Eu sou tricolor carioca, fama de “torcida de veados”, nunca me incomodei com isso. O tricolor de SP tem a mesma digamos fama: “veado”, “bambi” e outros adjetivos, e isso é sarro no futebol.
A resposta histórica no RJ é devolver para a torcida do Flamengo, chamando os mesmos “carinhosamente” de “favelados” e “marginais”.
Enquanto isso nossos coirmãos de SP respondem com palavras análogas e pouco elogiosas, do tipo “maloqueiro”, “bandido”, “desocupado”, “vagabundo”.
Ninguém se sente gay por torcer para o Fluminense para ou o São Paulo FC, ninguém se sente marginal por torcer para o Corinthians ou Flamengo, é apenas o sarro do futebol e suas nuances.
Homossexuais, tarados, depravados, bandidos se espalham democraticamente por todas as torcidas de uma forma mil vezes mais democrática do que julgam nossos torquemadas do bom comportamento.
O futebol é a mimetização de uma batalha campal medieval, é uma luta de justa, onde o objetivo é recriar um campo de batalha onde ao final da contenda todos voltam vivos para casa, e só.
Já não bastava a invasão/imposição de “árbitras” e também narradoras e analistas de futebol nas redes, onde a maioria esmagadora nos convida a assistir a transmissão com o som desligado.
Os idiotas da objetividade acham candidamente que poderão mudar uma sociedade e seus costumes no melhor estilo da santa inquisição, na base da perseguição e imposição.
O que estão conseguindo é exatamente o oposto, acabamos de ver a lei natural do retorno no Chile do identitaríssimo Boric, o Boulos chileno.
A nova constituição chilena será redigida totalmente pela extrema direita e promete, para delírio do povo em geral, o que vai soterrar de vez esse vento de cunho fascista fantasiado de inclusão que se chama politicamente correto.
Rubem González
O Rubão, sempre acertando no ponto. Ninguém suporta mais tanto identitarismo!