O ex-primeiro-ministro da Eslováquia que rejeita as sanções da União Europeia contra a Rússia e promete acabar com a ajuda militar à Ucrânia venceu as eleições no seu país, desferindo um novo golpe na unidade ocidental.
A votação de sábado pode trazer Robert Fico de volta ao cargo de primeiro-ministro desse país do leste da União Europeia.
A presidente Zuzana Caputova colocará Fico como responsável pela formação de um governo na segunda-feira, informou o palácio presidencial, dando início às negociações de coalizão.
A vitória de Fico ameaça intensificar as divisões entre os aliados com relação à ajuda a Kiev.
“A Eslováquia tem problemas maiores do que a Ucrânia”, disse Fico aos repórteres em Bratislava no domingo.
Enquanto os votos estavam sendo contados na Eslováquia, o Congresso dos EUA não bloqueou cerca de US$ 6 bilhões em ajuda à Ucrânia em uma tentativa de última hora para evitar uma paralisação do governo, um sinal de que o financiamento de apoio adicional dos EUA está se tornando cada vez mais difícil.
A Hungria, que bloqueou a ajuda militar da UE, rejeitou no fim de semana as súplicas da Ucrânia para liberar os fundos.
Mikulas Hanes, chefe de pesquisa da empresa de pesquisas NMS Slovakia, disse que a Fico provavelmente forjará uma aliança com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, atrasando ou mitigando a política da UE para a Ucrânia, se não a bloquear totalmente.