
Por Lorenzo Carrasco.
A fulminante destituição do presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, mostrou-se como a evidente disfuncionalidade da democracia norte-americana. As crises no Colosso do Norte, sempre se “resolviam” com guerras e emulsões crescentes de dólares, pois tinham a hegemonia nós dois campos interligados. Mas a partir da reemergência da Rússia como maior potência militar tecnológica global e a China como potência econômica global e a resposta monetária as sanções econômicas decorrentes da guerra na Ucrânia, iniciou um movimento mundial para o comércio fora do dólar. A equação de poder não funciona mais.
O limite para continuar a guerra na Ucrânia é a cada vez a menor população ucraniana pronta a ser enviada ao frente do moedor de carne e a limitação no orçamento americano para continuar financiando.
À turbulência política se suma a dificuldade de aterrissar a super aquecida economia acostumada as emissões da “facilitação quantitativa” que vem desde a crise do Lehmann Brothers em 2008. Como consequência a FED vai manter a elevação da taxa primária de juros.
A solução para os EUA é aceitar ser parte de um mundo multipolar; abandonar suas ilusões de excepcionalidade e sentimentos de predestinação. Em suma uma dose de humildade. Caso contrário o desespero das elites decadentes pode nos levar a um confronto nuclear.