Em resposta ao ataque que destruiu um hospital em Gaza, matando centenas de pessoas, o ministro das Relações Exteriores do Irã Hossein Amirabdollahian pediu um embargo imediato e completo de exportação de petróleo e derivados a Israel. Em reunião da Organização da Cooperação Islâmica em Jedá, Arábia Saudita, o ministro também pediu para que todos países islâmicos expulsem os embaixadores de Israel em seus respectivos países caso tenham relações com ele.
A declaração se deu após uma onda de protestos nos países muçulmanos, com milhares de manifestantes atacando embaixadas dos EUA e de Israel na Turquia, Líbano, Jordânia e até na Malásia. Enquanto isso, Joe Biden chegava em Tel Aviv e afirmou, comentando o atentado, que “pelo que ele viu, a explosão no hospital não foi realizada por Israel, mas pela ‘outra equipe’”.
Nesse contexto, surge um clima de união entre os países da região contra Israel, envolvendo até um ator fundamental no cenário, que é a Arábia Saudita. Após o ataque, não adotou o tom ambíguo nem seguiu a Casa Branca ao responsabilizar Israel pelo ataque ao hospital, ora atribuído ao Hamas ou a Jihad Islâmica, ora às IDF, em uma guerra de narrativas, ainda que magnitude no ataque indique se tratar de uma bomba guiada JDAM, de fabricação estadunidense, usado comumente por Israel em seus ataques a Gaza. Fora os avisos israelenses de evacuação dos civis da região bombardeada emitido horas antes.