Por Wellington Calasans.
O povo da Palestina não tem os 30 dias que a CIJ deu a Israel. Pior! Não são 30 dias para parar o GENOCÍDIO e punir os culpados. A juíza norte-americana Joan Donoghue (foto) “ordenou” a Israel apenas que apresente um relatório no prazo de 30 dias sobre os seus esforços (pausa para rir) para cumprir as suas obrigações legais ao abrigo da Convenção sobre o Genocídio.
Não era apenas Israel que estava sendo julgado. Ao conceder “medidas provisórias” e permitir que a carnificina de Israel contra os palestinos seja relevada, a CIJ também foi condenado. A CIJ é agora uma parte ativa e institucional do GENOCÍDIO em curso.
Quando você é informado de que a CIJ concedeu medidas provisórias na decisão sobre o caso de genocídio apresentado pela África do Sul contra Israel, logo imagina que o sofrimento dos palestinos será interrompido. Ledo engano!
A CIJ “ordenou a Israel que tome todas as medidas para evitar o genocídio, assegure que as suas forças militares não cometam esses atos e processe o seu incitamento”. Ora, se os insanos de Israel estão falando sobre “jogar bomba nuclear em Gaza” ou “acusando de antissemitismo a própria CIJ por dizer que o GENOCÍDIO deve ser interrompido”, alguém acredita que Israel vai se preocupar com o que disse a CIJ?
Enquanto isso, mais mortes e humilhações de Israel contra o povo palestino vão sendo acumuladas. Os países da “civilização” fingem apoiar a decisão da CIJ, a imprensa vai “exaltar” a decisão da CIJ e trabalhar para esconder as barbaridades praticadas por Israel.
A juíza da CIJ “recordou que todas as partes envolvidas no conflito de Gaza são obrigadas a respeitar o direito internacional humanitário.” Com isso – e a certeza de que Israel vai seguir praticando o GENOCÍDIO – a Juíza Donoghue condenou também a CIJ, o direito internacional, a diplomacia, as relações internacionais etc., pois – diante da frágil decisão tomada – deu mais tempo (agora respaldado pela justiça) para que as mortes dos palestinos sejam mantidas.
Se a comunidade internacional não considerar que há um GENOCÍDIO em curso e iniciar uma série de sanções e punições para fazer Israel parar, a decisão da CIJ terá sido realmente histórica: licença temporária para matar.