Artigos em órgãos de mídia como a Al Jazeera árabe e o Guardian britânico apontam o temor crescente nas IDF (forças de defesa israelenses) de que o objetivo de derrotar militarmente o Hamas não será alcançado.
Na verdade, temem um desenvolvimento de esforços militares no norte da faixa de Gaza, pois houve um aumento de lançamento de foguetes das regiões que o exército declarou seguras há algumas semanas. Na avaliação dos militares, os combatentes do Hamas e dos outros grupos envolvidos no embate contra Israel têm muito menos medo de atuar mesmo sob intensos bombardeios.
O jornal israelense Maariv aponta que o Hamas logrou obter o o controle civil sobre áreas no norte da Faixa de Gaza, de onde tinham se retirados desde os ataques retaliatórios israelenses. O jornal também informou no domingo que, no fim de semana, houve um aumento relativo no número de lançamentos de foguetes de áreas onde o exército israelense havia entrado anteriormente e reduzido suas forças no norte da Faixa de Gaza.
Fontes militares teriam dito que “há temores entre a liderança do exército israelense de que a capacidade militar do Hamas esteja crescendo gradualmente nas áreas das quais o exército israelense está se retirando”.
Ou seja, Israel está a enxugar gelo no deserto. Ao contrário do conflito entre Rússia e Ucrânia, que põe de frente dois exércitos nacionais, o conflito em Gaza é entre um exército regular e um grupo de guerrilha com alto poder de mobilidade no terreno que domina.
Apesar da superioridade em armas e homens mobilizados, Israel corre o sério risco de perder a guerra. Conforme ensinam os mestres da guerra, Sun Tzu e Clausewitz incluídos, sem objetivos de guerra factíveis um exército não pode derrotar seu inimigo.