Foi realizado no SEBRAE do Rio de Janeiro, dias 08 e 09 de janeiro, o Nuclear Summit 2024, evento da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN).
Durante o evento, o deputado Julio Lopes (PP-RJ), presidente da Frente Parlamentar Nuclear, comentou a respeito da atividade e mostrou descontentamento pela forma pela qual o atual governo trata o setor. Segundo o deputado, o Brasil está indo na contramão da tendência mundial, que é triplicar o uso da energia nuclear, ao considerá-la como energia “suja”.
A energia nuclear não foi incluída no PL 327/2021, que dispõe sobre a política de transição energética (Paten), por pressão do governo Lula. Lopes ainda afirmou que, após encontro com Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, ficou “atônito” pelo fato deste lhe dizer que não haverá prioridade do governo para o setor.
“Não haverá recursos para a área nuclear se a lei não considerá-la como limpa”, disse o deputado, em referência ao Paten e suas implicações para os órgãos de fomento do governo, como BB, BNDES, Finep, dentre outros.
É preciso que a sociedade reaja a respeito desse equívoco, tendo em vista a importância estratégica do setor, além de o país ter, em seu território, amplas reservas de minérios que podem ser usados como insumo no setor. Sem lembrar que o presidente Lula, recentemente, na visita do presidente francês Emanuel Macron assinou acordos envolvendo a exportação de urânio e a construção de reatores com a França.