Em nossos mais de 500 anos de história contamos com grandes estadistas, militares, intelectuais e artistas responsáveis por contribuições decisivas para a formação deste virtuoso e complexo Brasil.
Mas a verdade é que nenhum deles conseguiu nos erguer a um patamar tão elevado quanto um certo mineiro de Três Corações. Afinal, foi graças a ele que, pela primeira vez, nosso país passou a ser reverenciado internacionalmente e o brasileiro, a ter orgulho de onde nascera.
Era 29 de junho de 1958 quando, na gélida Suécia, um jovem negro retinto, de apenas 17 anos, apresentava suas credenciais ao planeta com um chapéu no zagueiro e um chute fulminante. Obra de um gênio sob inspiração divina, disseram.
Nos anos seguintes, fosse no Santos, sob a companhia de Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pepe, ou na Seleção, ao lado de Didi, Garrincha, Gerson e Rivellino, Pelé fez a reverência pelo Brasil só aumentar e, junto, o orgulho de sermos brasileiros.
Em sua jornada épica pelos gramados, amealhou mais duas Copas e dois mundiais de clubes, rompendo o marco dos mil gols (feito repetido apenas por Romário e Túlio Maravilha) e nos legando lances e gols memoráveis, eternizados em imagens de televisão.
Pelé sempre jogou por todos os brasileiros, indiferente a cor, credo ou classe social, para o ressentimento de uma minoria. Foi assim que, por aclamação popular, ganhou o título de rei, tornando-se o “Rei Pelé”, aquele que é nosso maior símbolo de orgulho nacional.
Na última semana, recebemos a triste notícia de que o estado de saúde de Pelé, que já era delicado, acabou se agravando, inspirando ainda mais cuidados.
Diante dessa situação, a nós, brasileiros, nos compete apenas um dever: rezar por nosso Rei.
Que possamos formar uma enorme corrente de boas vibrações a partir de todos os cantos do país e direcioná-la ao maior brasileiro de nossa História para que reúna as forças necessárias nesse momento de extrema provação pessoal.