Quem costuma ler as postagens e vídeos do PORTAL RUBEM GONZALEZ sabe que sempre é chamada atenção questões sobre o envolvimento da CIA na nossa política no nosso dia a dia, nas coisas mais simples às complexas.
O site “Sputnik” publicou uma matéria sobre um homem chamado John Perkins que escreveu um livro intitulado “Confissões de um Assassino Econômico” no qual ele relata o modos operandi da CIA na economia dos países, em especial, os abaixo da linha do Equador.
Perkins foi contratado para atuar numa empresa de consultoria, que funciona como as consultorias de mercado financeiro, como a do Eduardo Moreira ou do banco BTG Pactual do Guedes. Quem contratar seus serviços receberá planilhas com as melhores ações para comprar, ou pelo menos em tese. Porque, na prática, é que com o dinheiro dos “sardinhas”, como sabiamente diz o Rubem Gonzalez, que eles investem nas ações certas. Possuem informações privilegiadas e não são bobos de revelar.
Em escala nacional e internacional, geopolítica, tudo funciona de forma parecida, mas envolvendo o dinheiro de todos os entes federados e resultando em uma dívida pública interminável. É assim:
Era uma vez, uma empresa chamada ABBA, uma consultoria, tendo como principal responsável um homem chamado Edson Nascimento. Nessa mesma época, ele era consultor-assistente do Fundo Monetário Internacional, órgão internacional, cujo controle, em termos de cotas, cabe aos EUA. Antes disso, Edson foi presidente da PBH ATIVOS S/A, uma empresa que foi investigada numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em Belo Horizonte sobre desvios de R$ 200 milhões de arrecadação de impostos para um esquema de venda de derivativos financeiros, o que deixou o município com uma dívida de quase um bilhão de reais. Quase deu bilhão.
Edson também foi superintendente da Secretaria da Fazenda de Goiás, onde foi montado esse esquema, com a empresa GO ATIVOS S/A. Em outubro de 2018, o MP entrou com uma ação contra o estado de Goiás para que apurasse irregularidades envolvendo essa empresa e a Procuradoria Geral do Estado. Também foi secretário da fazenda do estado do Tocantins, do DF e ocupou cargo na Secretaria do Tesouro Nacional, além de ter trabalhado na área financeira da Telebrás e da PREVCOM-BrC (Fundação de Previdência Complementar do BC), aqui em Goiânia. Ah, foi também Secretário Geral da Defensoria Pública da União. Vou repetir a informação mais importante, no aspecto de soberania nacional: ele, Edson Ronaldo Nascimento, foi consultor-assistente do FMI e ocupou cargos CONCURSADOS do nosso país. Isso deveria cair na Lei de Segurança Nacional…
Edson prestou um depoimento na CPI que investigava o desvios da verba dos impostos de Belo Horizonte (MG), onde quem comprou todos os derivativos foi o banco do Paulo Guedes, o mesmo que pegou R$3 bilhões de crédito que o Banco do Brasil tinha pra receber por R$ 300 milhões. Roubou R$ 3 bilhões nossos. E ainda teve a PEC da Guerra, que desembolsou R$ 1,2 trilhão dos cofres públicos para dar para bancos que nadam de braçada a décadas às custas da peleja de todo brasileiro que trabalha. Ao mesmo tempo negam um benefício que mal dá para as compras da semana por causa de R$ 50 bilhões. Entenda que, em escala nacional, R$ 50 bilhões é um tostão. A questão é que esse governo tem lado, e não é o do povo e nem de ninguém. Quem tem coragem de fazer esse tipo de coisa, o único lado que tem é do bolso. E a gana não acaba.
A operação funciona da seguinte maneira: antes dos impostos, por exemplo, chegarem aos cofres públicos, o dinheiro passa para uma conta vinculada a essa empresa, onde eles pegam os encargos e repassam somente os tributos sem a correção monetária. Com o valor que vem, eles emitirão títulos financeiros (com um valor, não sei bem como dividem, mais os juros; com garantia total do Estado), com juros de 23%, no caso da PBH. Vou simplificar a explicação:
O governo tinha R$ 200 milhões para receber. Este é o valor bruto, mas ainda tem os juros, multas. Estes valores ficam para a empresa e, à medida que os mineiros forem pagando, os montantes cairão já serão revertidos para a empresa cobradora. No fim, com os papéis emitidos pela empresa (gerando dívida, já que o estado está tomando empréstimos), o município de Belo Horizonte passa a ter uma dívida de R$ 800 milhões. É confuso mesmo, porque é uma operação ilógica. Está criando dívida com um crédito que é certo que você vai receber. A questão é o que o dizem por aí: “eles ganham e ganham, nós perdemos e perdemos.”
Portanto, esse esquema é denominado de Securitização de Créditos, sendo posto em pauta primeiro pelo “Nosferatu” José Serra e tendo o Romero Jucá como relator do projeto de lei que as regularizam. Propõem a criação de empresas estatais para isso, mas de controle e interesse privado. Vem e vai eles recolocam em pauta, assim como também projetos como de autonomia do BC, fim do dinheiro vivo e entre outras coisas que custarão muito caro e dificultarão ainda mais para o Brasil arrebentar as correntes. A operação não foi legalizada ainda, para você ver que é tão absurdo, que esses macacos velhos não conseguiram aprovar, mas como vocês puderam perceber, já acontece. Terra do Aécio “Snow”, não é mesmo? Pra ganhar de rolo, só Tríplice Fronteira…
Não se tem detalhes de agora sobre esse esquema. O pouco que é revelado ao público se dá pelo trabalho da Auditoria Cidadã. O que importa é que ele tem o FMI no meio e na Europa aconteceu algo parecidíssimo, o que custou a crise da Grécia e de grande parte dos países europeus. São os tentáculos imperialistas operando.
Operam pela economia, pela força e pela cultura, enquanto boa parte de pessoas inteligentes ficam prostradas a o que a fulana da Globo falou. No meio disso, vocês afastam pessoas desesperadas por soluções para a situação financeira delas, porquê o Brasil novamente se encontra em crise aguda, onde se você não virar puxa-saco de político, as chances de você se formar em Direito e virar Uber são drasticamente altas. Ou então, o caso do pedreiro de 30 anos que parece ter 60, que está terminando de trabalhar na obra e não sabe como vai fazer depois que acabar. Que ele não vai se aposentar é certeza, já que o INSS não o atendeu para dar entrada no seu pedido antes da dita Reforma Previdenciária, que aumentou o tempo de contribuição e dificultou muito para quem não tem emprego físico.
O Brasil está fodido. Como diz o Rubem Gonzalez: isso virou um puteiro. Precisamos acordar, antes que seja tarde.
Por Ricardo Dias
A securitização de créditos fere nosso ordenamento legal violando de morte a Lei de Responsabilidade Fiscal . Representa a punição dos bons pagadores e um alento a sonegação fiscal !!!!