Marcelo Freixo dá um piti e ameaça sair do PSOL se Wesley Teixeira for impedido de concorrer a vereador em Duque de Caxias na Baixada Fluminense. Ele está indignado porque muitos membros do partido estão mostrando dignidade, vergonha na cara e respeito a ideologia que abraçaram.
Para Marcelo Freixo não existe nada demais você criar um estatuto partidário baseado em uma ética e moral socialista e depois embolsar uma grana preta de capitalistas, de tubarões do mercado financeiro.
Cai a máscara do paladino da moral de goela, afunda o partido que se jacta de ser a reserva moral da política nacional e emergem as figuras de pessoas que se aboletam no partido para fazer dele simplesmente uma fonte de renda inalcançável no mercado com seus currículos.
Negro, evangélico, anticapitalista e liderança do Morro do Sapo, em Duque de Caxias (RJ), pelo menos é esse o perfil que o candidato a vereador do PSOL Wesley Teixeira vende para o “mercado”, porém ele atraiu o apoio de expoentes da elite brasileira e isso acabou irritando a militância ética do partido,
Mas, por sua vez, enfureceu a prima donna, Marcelo Freixo que nada vê de errado em ser anticapitalista, lutar contra a elite exploradora e enfurnar nós bolsos uma grana pesada daqueles que fizemos combater. Seria o mesmo que achar perfeitamente normal que a reforma do batalhão e da delegacia sejam pagos pelo tráfico da região.
Segundo consta, uma trinca de homens e mulheres de “bom” coração como Arminio Fraga, João Moreira Salles e Beatriz Bracher do Itaú foram “seduzidos” pela bela e comovente plataforma desse rapaz, afinal estamos na onda de milionários ajudarem políticos sem interesse algum.
A aproximação entre o ativista psolista “anticapitalista” e personalidades ligadas ao setor financeiro foi viabilizada pelo apadrinhamento da candidatura por Pedro Abramovay, diretor da Open Society Foundation para a América Latina, e Sueli Carneiro, diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra. Ou seja, tudo começa a fazer sentido nesse partido que é dirigido por títeres do capital selvagem.
Abromovay e Suely Carneiro organizaram “uma reunião online com algumas pessoas do topo da pirâmide no Brasil”, para apresentar Teixeira, contou Abramovay em suas redes sociais.
Apesar do estatuto da sigla proibir doações “provindas, direta ou indiretamente, de empresas multinacionais, de empreiteiras e de bancos ou instituições financeiras nacionais e/ou estrangeiros”, o nosso candidato a vereador rosnou, mostrou os dentes e já mandou o recado curto e grosso:
“A grana é minha, não devolvo e pronto”. No que foi apoiado integralmente pelo ícone maior do partido, Marcelo Freixo, ele mesmo menino pobre criado em bairro de classe média baixa de Niterói e que hoje sem nunca ter vertido uma gota de suor, vive no Leblon, o metro quadrado mais caro do Brasil.
Ideologia é isso, o resto é brincadeira, acho honestamente que este episódio desmascara a nossa New Left identitária de forma contundente, não dá mais para depositar confiança nessa gente e nem se espantar pela liderança inconteste e a mitomania em torno do Bolsonaro, isso é reflexo da descrença do povo numa oposição vendida e que só representa seus próprios mesquinhos interesses.
Excelente Rubão