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Por Cláudio da Costa Oliveira.
É impressionante como determinadas pessoas têm a capacidade de distorcer a realidade dos fatos. Ricardo Bergamini, apresentado como professor de economia, em 3 de outubro, dia em que a Petrobrás comemora 67 anos de criação, publicou artigo de duas páginas falando sobre a história da empresa, no qual só aponta problemas, nenhuma qualidade.
Seria necessário muito dom para discorrer sobre a história desta companhia sem encontrar diversos e relevantes aspectos positivos. Mas logo a verdade vem à tona quando ele revela a fonte das informações que foram utilizadas para escrever o artigo: “Acervo O Globo”
Sendo assim creio que eu até poderia colaborar para aprimorar seu artigo:
– Em 2008, dois anos após a descoberta de pré-sal, Carlos Alberto Sardenberg publicou artigo afirmando que o pré-sal existia “só na propaganda do governo”.
– Em 2009, Miriam Leitão reconheceu a existência do pré-sal, mas foi categórica ao afirmar que a Petrobrás não tinha tecnologia para extrair petróleo em águas tão profundas. Precisaria do apoio de empresas estrangeiras.
– Mas, “estranhamente”, sem apoio de ninguém, a Petrobrás começou a extrair petróleo no pré-sal. Mas os “jornalistas” não se deram por vencidos; OK, a Petrobrás consegue extrair petróleo, mas o custo é muito alto, o que torna a operação economicamente inviável.
– Neste ponto começaram a ocorrer fatos realmente inesperados pela dupla de “jornalistas”. A empresa começou a ganhar diversos prêmios internacionais na exploração em águas profundas. A consequência foi a extração de petróleo a um custo muito inferior ao obtido pelas demais petroleiras, e o negócio se tornou economicamente viável.
– Nossos intrépidos “jornalistas” se desesperaram. O que fazer para combater este atestado explícito de competência por parte de uma empresa tupiniquim?
Nós já estávamos em 2015, e a sorte sorriu para Miriam e Sardenberg. Neste ano, o câmbio real/dólar, que havia iniciado em R$ 2,65, terminou em quase R$ 4. Com isto, sendo que grande parte da dívida da empresa é contratada em moeda estrangeira, sua dívida em reais teve um súbito crescimento. Nada de importante, pois as receitas da companhia e sua capacidade de geração de caixa sempre foram compatíveis com o endividamento. Mas nossos “heróis jornalistas”, com o apoio da mídia hegemônica, viram nisto a grande oportunidade de lançar ao que eu chamo “a mãe de todas as mentiras”: a empresa estava com sérios problemas financeiros, à beira da falência.
Eureca!! Nestas condições ela teria de parar de investir e procurar vender ativos para solucionar os problemas.
– No final de abril de 2016, Carlos Alberto Sardenberg, com maestria de picadeiro, retrata a situação: “Quebraram a estatal. Ou ela faz um acordo judicial ou vai precisar de aportes do governo”.
Nunca mostraram um número sequer (mesmo porque ele não existiam), e o Brasil inteiro acreditou (e, incrivelmente, até hoje acredita). A mentira virou verdade.
2016 terminou e não houve acordo judicial e muito menos aportes do governo. Pelo contrário. No final de 2016, a Petrobrás adiantou R$ 20 bilhões para o BNDES, para aliviar o caixa do banco. Terminou o ano com um crédito de US$ 5 bilhões junto à Eletrobrás, tratado com camaradagem, sem fortes pressões de cobrança. Tinha ainda US$ 11 bilhões a receber de ativos que tinham sido vendidos. Com tudo isto ainda terminou o ano com US$ 20 bilhões em caixa e uma Liquidez Corrente de 1,8, igual ao somatório da Liquidez da Chevron (1,0) com o da Exxon (0,8). E aí Sardenberg?
E o professor Bergamini conclui seu artigo chamando atenção para o prejuízo registrado em 2014, sem informar que foi causado por ajustes contábeis, sem quaisquer efeitos financeiros
É preciso informar ao Ricardo Bergamini que, naquele mesmo ano de 2014, a Petrobrás captou no mercado internacional quase US$ 15 bilhões, todos com bancos de primeira linha e com vencimento em torno de 30 anos.
Em 2015 a companhia captou US$ 2 bilhões junto ao J.P.Morgan e ao Deutsche Bank com vencimento em 2115. Isto mesmo, não é erro, decorridos cem anos. O caro leitor se lembraria de algum empréstimo bancário para uma empresa de país fora do primeiro mundo, com um século para pagar? Nem mesmo um país da Otan.
Parece que os banqueiros estrangeiros, diferentemente do professor Bergamini, têm toda confiança na situação financeira da Petrobrás. Quem vocês acham que está certo? É a verdade que constituí a maior defesa da Petrobrás.
Cláudio da Costa Oliveira
Economista da Petrobrás, aposentado.
N.R. O autor grafa “Petrobras” com acento agudo no “a”.
Com informações Monitor Digital
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