As contas públicas do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) deverão fechar 2022 com déficit primário de R$ 170,47 bilhões. A meta fiscal consta do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022, enviado nesta quinta-feira ao Congresso Nacional.
O projeto da LDO prevê déficits até pelo menos 2024. O texto projeta déficit de R$ 144,97 bilhões em 2023 e de R$ 102,2 bilhões em 2024.
Serão 11 anos seguidos de déficit primário, sendo que nos 10 anos de políticas econômicas ultraneoliberais (2015 a 2024) o rombo nas contas públicas atingirá R$ 2,029 trilhões.
Década de austeridade
2015: R$ 120,5 bilhões
2016: R$ 161,2 bilhões
2017: R$ 124,2 bilhões
2018: R$ 120,2 bilhões
2019: R$ 95,1 bilhões
2020: R$ 743,1 bilhões
2021: R$ 247,2 bilhões *
2022: R$ 170,5 bilhões *
2023: R$ 145 bilhões *
2024: R$ 102,2 bilhões *
Total: R$ 2,029 trilhões
* projeção
O déficit primário representa o resultado das contas do governo desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Com o déficit previsto para o próximo ano, esse será o nono ano seguido de contas públicas no negativo.
A alta da inflação a partir do segundo semestre do ano passado aliviou as restrições impostas pelo teto federal de gastos em 2022. O PLDO permitirá o aumento de R$ 107 bilhões no teto de gastos para o próximo ano, para R$ 1,592 trilhão em 2022.
A alta, de 7,2%, equivale à estimativa de inflação pelo Índice Oficial de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre julho de 2021 e junho de 2022. Neste ano, os gastos públicos federais poderão crescer apenas 2,13%, equivalente ao IPCA acumulado entre julho de 2019 e junho de 2020.
Com informações Monitor Digital