Por Rubem Gonzalez
O que Putin fez ontem (23/2) não era papel dele, era papel das Nações Unidas, combater estados de doutrinação nazista, para matar pela raiz o sistema criminoso que matou mais de 60 milhões de pessoas no século passado.
Ao invés disso, a ONU se comporta como o que ela é na realidade, um subdepartamento da CIA a serviço única exclusivamente do capital anglo-saxão-sionista mundial.
Esse capital e essa quadrilha que atravessa os séculos, mas que parece que está próxima do seu fim, já teve várias pátrias e nações a seus pés, a da vez é o estado americano, onde uma elite associada a eles recebe 99% dos benefícios do roubo que se pratica no mundo inteiro.
O resto do povo americano só serve para fornecer mão de obra miserável para morrer em guerras ou para consumir drogas e seus costumes plantados, como forma de nunca sofrer em nenhuma reação vinda dessas camadas, afinal o povo é muito numeroso e pode ser perigoso.
A única forma de mantê-lo dócil e calmo é como se mantém o gado, o gado você alimenta na hora certa, não dá mais que o necessário e se ele se rebelar o espancamento e a violência é a garantia de manter a ordem.
Esse é o retrato do mundo unipolar que os Estados Unidos e seus estados títeres tentam impor ao planeta, tentam impor, não, ainda impõem, mas parece que dia 24 de fevereiro de 2022 vai ficar para a História.
Com a rara coragem que não mais que meia dúzia de personagens de toda a História da humanidade tiveram, Putin sozinho encarou todo o mundo e seu sistema olho no olho, de igual para igual, melhor dizendo, de cima para baixo.
São raros homens como Putin, que tem a capacidade de mudar a História, o homem certo no lugar certo e na hora certa, o resto de nós não passamos de poeira da estrada, de gente que sempre tem uma palavra de consolo e de que “calma que amanhã nós vamos mudar tudo”.
Essa retórica vazia e covarde que faz com que o reino de papel, frágil como uma flor, como os Estados Unidos e seu império de dinheiro falsificado, se manter no topo do mundo, não porque falte meios a outros para questioná-los, falta vontade de descer das suas posições confortáveis e se doar a uma causa.
A maioria de todos nós, talvez eu esteja incluído, nem sei, fazemos muito menos do que deveríamos fazer. Belchior, uma vez na letra de uma música, mandou a real para Caetano Veloso numa letra poética, cruenta e antológica:
“Veloso, o sol não é tão bonito para quem vem do norte e vai morar na rua.”
Putin veio do norte, morou na rua analogicamente falando, chegou a ser motorista de táxi para poder pagar as contas, e quando chegou ao teto do mundo, não esqueceu de um segundo da sua trajetória e desde esse dia, ao invés de posar como um magnata milionário líder de um dos maiores países do mundo, preferiu ir à guerra enfrentar o sistema em nome de todos nós e talvez da nossa covardia.
A pergunta que eu faço: onde a humanidade estaria se pelo menos uma vez a cada três séculos não surgisse um homem dessa fibra, dessa tenacidade, desse ideal?
Ser Putin não é difícil, pelo menos ser algo parecido com ele, Nicolás Maduro, contra tudo e contra todos, na medida do possível e sem o talento e a capacidade e a potência militar da Rússia, mostrou isso, coragem tenacidade e disposição de luta.
Outros poderiam ser iguais, outros poderiam ser diferente, mas na realidade, no fundo a humanidade está muito preocupada para o que o espelho vai falar dela, o medo de ser criticado e sair da sua zona de conforto faz com que a ONU, a OTAN e o Pentágono ainda sobrevivam durante algum tempo.
No fundo, todo mundo gosta de falar de miséria, todo mundo gosta de falar de luta, mas sempre na terceira pessoa, no fim, a zona de conforto fala mais alto e vamos fazer e tecer loas ao Putin enquanto nos falta coragem para fazer menos de 1% do que ele fez…
Bravo!
Isso mesmo