
Nesse mês de abril, completam os 40 anos da Guerra das Malvinas, quando a República Argentina tentou retomar o controle territorial sobre as Ilhas Malvinas (Falklands), em que o país sul-americano terminou derrotado pela Marinha Britânica, que mesmo vitoriosa ainda sofreu significativas baixas.
A derrota da Argentina marcou o fim também do regime militar de 1976, que ascendeu ao poder depois da deposição de Maria Estela de Perón. Diferentemente do regime militar brasileiro, este regime não adotou uma política industrializante, mas sim de corte de austeridade neoliberal, que gerou forte descontentamento interno, somado ao clima de perseguições políticas à esquerda e aos peronistas. Como resposta aos anseios populares, o regime buscou tomar a bandeira da causa patriótica das Malvinas.
Talvez, em um erro de cálculo, subestimou a resposta bélica do Reino Unido, em que Margareth Thatcher usou a ação militar para se afirmar em condições semelhantes que vigoravam por lá, com políticas neoliberais e forte recessão que ameaçavam o governo que tinha assumido três anos antes. Ao fim, a primeira ministra britânica manteve seu cargo com uma significativa vitória sobre os trabalhistas.
Erraram também os militares argentinos ao pensar que haveria algum apoio dos EUA, com base em uma aliança que poderia surgir da causa anticomunista, que era a propaganda oficial do Governo Reagan (1981-1989). Como assevera o jornalista Lorenzo Carrasco, a Guerra das Malvinas foi a primeira guerra da OTAN, na qual o artigo 5 de sua carta, que trata da defesa coletiva dos seus membros, se sobrepôs ao esquecido TIAR, o tratado de assistência recíproca dos países americanos, firmado no início da Guerra Fria. Naquela ocasião, a realidade da clivagem Norte-Sul (países desenvolvidos vs países subdesenvolvidos) se impôs de forma definitiva sobre a questão ideológica da Guerra Fria.
Assim, 1982 pode ser considerado o ano da “sentença de morte” dos regimes militares do continente, outrora tolerados ou estimulados por Washington, o que vale também para o regime civil nacional desenvolvimentista mexicano do PRI, quando os três maiores países ibero americanos tiveram suas economias a nocaute com a Crise da Dívida, marcada por deterioração geral das condições de vida com desvalorizações monetárias e processo hiperinflacionário. O ano das moratórias, que deslegitimaram aos olhos de suas populações os regimes desenvolvimentistas do continente.
Não por acaso foi o mesmo ano da criação do Diálogo Interamericano, a think tank apoiada pelo governo dos EUA para receitar não só privatizações como moeda de troca para o alívio ao endividamento externo, mas mesmo a transformação das forças armadas dos países em meras forças policiais, sem participação nos projetos de desenvolvimento. Um dos articuladores internos do Diálogo foi Fernando Henrique Cardoso, já de olho na época em uma cadeira no Legislativo brasileiro.
Na Argentina, a derrota nas Malvinas significou não só a queda do regime, mas a implementação mais fiel da agenda do Diálogo, já que as lideranças civis não miraram apenas os cabeças da Junta, mas as próprias forças armadas como um todo, que hoje, 40 anos depois, são incapazes de defender seu território e seus mares, principalmente. Comum é hoje encontramos barcos de diversos países pescando indiscriminadamente nas águas territoriais argentinas.
Tal como a Lava Jato no Brasil, que não contentou-se em afastar ou prender executivos de empresas, mas em atacar as empresas nacionais envolvidas, o regime pós-ditatorial mirou na instituição, enfraquecendo-a permanente.
O último suspiro foi o movimento dos carapintadas sob a liderança do Coronel Seineldin, que denunciava no final da década de 80 o que estava em andamento e hoje se concretiza ainda mais. Fica a lição para os que ainda se aferram a clivagens extemporâneas, ainda ingênuos em relação aos avanços da OTAN.
Os parágrafos 1 e 2 são só um resumo do que aconteceu.
Trocaria o paragrafo 4 (o que era o plano) e o paragrafo 3 (o que deu errado) de lugar.
Os parágrafos 5 e 6 só dizem que os gringos trocaram a dominação direta através de ditaduras militares
Esse deve ser uma daqueles textos idiotas que os militares brasileiros “repetem o discurso de sempre”, usando alguma noticia recente para dizer que é algo “atual e relevante”.
Vamos fazer uma comparação?
A Argentina colocou na cadeia os militares golpistas e criminosos. Resultado as forças armadas foram destruídas. Foi um erro não ter aproveitado essa oportunidade para reestruturar as forças armadas. O problema é que os neoliberais são uma praga, eles só querem saber de sucatear (roubar, matar e destruir). A esquerda só fala bonito, mas não faz nada.
O Brasil NÃO colocou na cadeia os militares golpistas e criminosos. Resultado as forças armadas foram destruídas. Aqui é ainda pior os militares mantiveram todas as mordomias. Quem acha que eles só querem saber de “picanha com leite condensado” e ficar pedindo aumento de salário é muito inocente. Todo o orçamento das forças armadas é gasto em sucata da OTAN. Os militares brasileiros agem como “força auxiliar do imperialismo”, trabalham contra o Brasil. São todos fascistas com complexo de vira lata que só querem “roubar o que puderem e fugirem para Miami”.
Mesmo assim a Argentina gastava 10 (dez) vezes mais que o Brasil no setor aeroespacial. Depois daquele “acidente” em 2003 que matou todos os cientistas o programa brasileiro acabou, só sobrou o acordo com a Ucrânia que foi encerrado pelos nazistas depois do golpe de 2014. Depois do golpe de 2016 a base foi entregue aos gringos e o programa acabou de vez.
Vamos comparar com a Venezuela? Apesar de toda a pressão do imperialismo os militares da Venezuela estão do lado do povo, são anti-imperialistas.
Vamos comparar com a Colômbia? Um país com o PIB equivalente ao da Argentina, mas com uma população miserável. O neoliberalismo causou uma enorme concentração de renda, por isso os colombianos fogem para a Venezuela, para o Brasil e para o Norte (para tentar chegar ao território estadunidense). Os militares colombianos agem como “força auxiliar do imperialismo”, são todos fascistas que massacram índios e camponeses para entregar os recursos naturais para as multinacionais e os “terratenientes” (os coronéis, como são conhecidos no Brasil).
O petróleo do Pré-Sal podia ter transformado o Brasil numa “Noruega”, mas as elites (inclusive os militares) preferiram dar o golpe e transformar o país numa “Nigéria”.
Os militares brasileiros são pessoas primarias (analfabetos funcionais) como o Bozo. Eles odeiam os cientistas, mas gostam dos puxa-sacos.
A água realmente é importante? Os militares brasileiros não sabem nada sobre “mudanças climáticas” e acham que “guerras por água” é algo fantasioso, uma coisa que só existe em filmes e teorias da conspiração.
Os aquíferos no Brasil estão sendo contaminados (por agrotóxicos e pela poluição) e destruídos (usam além da capacidade de reposição e eles simplesmente desmoronam, a estrutura entra em colapso). O famoso aquífero guarani, que o Brasil divide com Argentina, Uruguai e Paraguai, não vai durar muito.
O Rio Amazonas já está sendo invadido pela agua salgada do mar, isso permite que as espécies invasoras, como o peixe leão, cheguem ao Brasil. O Rio São Francisco também era poderoso no tempo das grandes navegações era possível jogar um balde a mais de 12 (doze) milhas náuticas da Foz e tirar agua doce, hoje em dia o Rio está enfraquecido, poluído e sendo invadido por agua salgada. Fizeram a transposição de qualquer maneira e esqueceram da “revitalização”, que era até mais importante.
Esses rios poderosos serviam até como proteção contra espécies invasoras, mas para os militares falar nisso é só “simbolismo”, quase uma frescura. Quem destruiu a Amazônia e o Pantanal foram os militares com a “politica de ocupação desordenada”.
A coisa chegou num ponto tão absurdo que é precisa até falar sobre “desantropomorfização” da Amazônia e do Pantanal.
Os gringos não se importam com o meio ambiente pois são hereges protestantes. Eles acreditam que “o homem foi feito para dominar o meio ambiente”, então simplesmente destroem tudo como se tivessem permissão divina para isso. O problema é que os evanjegues e os militares doutrinados por eles pensam da mesma maneira.
Realmente a Argentina não quer recuperar as Ilhas “Fucklands”.
Pela choradeira dos ingleses eles devem ter colocado na cabeça que esse território estava na “nossa lista” de descolonização. [Nós, quem, cara-pálida?]
Apertaram os argentinos e eles se acovardaram.
A bronca que eu tenho com os identitários (Bachelet, Cristina Kirchner, Dilma e etc…) é absurda. Tudo que eles fazem é bobagem, idolatram os democratas estadunidenses e imitam eles em tudo. Os identitários são um bando de picaretas, eles não querem saber de lutar contra o imperialismo, só querem encher o bolso de dólares. Os identitários são covardes e traidores.