Enquanto muito se diz a respeito da pressão sobre a demissão de Roberto Campos Neto da direção do Banco Central, cabe um dado para auxiliar a discussão. Coincidentemente – ou nem tanto – a escalada na taxa básica de juros começou justamente com a aprovação pelo Congresso Nacional da Lei Complementar 179, que instituiu a autonomia do BACEN.
Coincidência ou não?
Tais dados serviriam para a revogação da lei, votada e aprovada em fevereiro de 2021, no auge da pandemia do Covid-19, logo no início da sessão legislativa, como se fosse uma pauta urgente, com apoio dos recém-eleitos presidentes da Câmara Arthur Lira e do Senado Rodrigo Pacheco. Não há números reais da economia que justificam essa escalada, com os juros reais bem acima da inflação, muito acima da média mundial.