Após Israel atacar os aeroportos de Damasco e Aleppo, na Síria, pela terceira vez numa semana, durante o último final de semana, ambos os aeroportos estão fora de serviço. Mas corre a informação que a Rússia decidiu autorizar a utilização da sua base aérea de Khmeimin em Latakia como substituta para os aeroportos danificados, inclusive para voos de carga militar iraniana.
Israel justificou o ataque em uma suposta iniciativa do Irã em transportar armas para a Síria, que seriam usadas (mais tarde) para atacá-lo. Agora, o que Israel fará? Será que ele ousará tentar atacar uma base aérea russa?
A base possui extensas defesas aéreas. Na verdade, um general da OTAN disse em 2015 que a base tem essa capacidade de defesa: “Estamos a ver a formação de espaço aéreo A2/AD (anti-acesso/negação de área) no Mediterrâneo”.
Como todos sabem, Israel lançou o que muitos chamam “deslocamento forçado” de árabes que vivem na Faixa de Gaza. Os bombardeios quase incessantes de aviões de guerra já mataram 4.000 palestinos e destruíram mais de 10.500 casas, enquanto a Força Aérea Israelense lança bombas de fósforo branco sobre edifícios de apartamentos para os demolir até às fundações.
A Faixa de Gaza também está sitiada por Israel, interditada a entrada de caminhões que transportassem alimentos e água.
Ainda ontem, Israel permitiu a entrada de vinte semirreboques, mas NENHUM com combustível, de que os geradores de energia dos hospitais necessitam desesperadamente, uma vez que a Gaza Power Company está a ficar sem combustível e já não consegue produzir eletricidade.
Vinte semirreboques trouxeram o que puderam, mas para alimentar uma população de 2,3 milhões de pessoas são necessários pelo menos 100 veículos por dia. A fome é, portanto, também um problema para os habitantes de Gaza.
Diante do impasse no Conselho de Segurança da ONU, onde teve sua proposta de cessar-fogo imediato vetada pelos Estados Unidos, a Rússia decidiu abrir sua base aérea na Síria para aviões com carga militar. Se Israel atacar esta base, a Rússia atacará Israel em legítima defesa.
Por sua vez, os Estados Unidos mantém dois grupos de ataque de porta-aviões no Mediterrâneo Oriental, ao longo da costa da Síria. Por outro lado, o presidente russo Vladimir Putin lembrou a todos que seus caças que guardam o Mar Negro, estão equipados com mísseis Kinzhal, com alcance de 1.000 km e viagem em Mach 9.
Esses mísseis podem afundar porta-aviões e seus grupos de ataque. Os mísseis, se disparados do Mar Negro, levariam apenas seis minutos para chegar ao Mar Mediterrâneo.
Com informações do La Cause du Peuple.