Foi anunciada hoje a morte do diplomata Samuel Pinheiro Guimarães. Nascido no Rio de Janeiro, em 1939, ingressou no Instituto Rio Branco ainda nos anos 1960. Tornou-se próximo ao ex-ministro Celso Amorim, com quem colaborou durante sua carreira diplomática. Em 2003, com o primeiro mandato de Lula, assumiu o segundo maior posto do MRE, comandado por Amorim.
Uma de suas grandes bandeiras foi a oposição à formação da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), proposta pelos EUA no início da década de 1990, em um momento que os países íbero-americanos passavam por crises econômicas. No fim, sua atuação contribuiu para o enterro definitivo do projeto da ALCA.
Expressou seu pensamento estratégico para as relações internacionais, com base no interesse nacional, em diversos artigos e em obras como “Quinhentos anos de periferia: contribuição ao estudo da política internacional” e “Desafios brasileiros na era dos gigante“.
No atual momento, poderia ser uma voz sensata dentro do círculo do presidente para assuntos externos, tendo em vista sua proximidade com Lula.
Com todo respeito ao falecido, o maior problema para o país nem é tragédia em si, a morte dele, mas a falta de “gente no mesmo nível” para repor ele.
O Bozo e “aquele bando de doentes mentais da seita” dele causaram muito dano ao MRE (já enfraquecido pelo Temer e pelos tucanos infiltrados).
Os tucanos do MRE, mesmo com passaporte diplomático, adoram tirar os sapatos no aeroporto para agradar os gringos.
Outro dia eu estava lendo um livro de um autor muito bom e comecei a ler umas besteiras, fui ver a capa com mais atenção e vi “umas letras miúdas” que diziam “obra continuada por”…
A decadência intelectual do Brasil e do mundo é algo real, as “novas gerações” não estão dando conta…
Daqui pra frente vai ter apenas Tratado de Direito Internacional de Fulano, continuado por “José das Couves que estudou na Uniesquina”?
Os concursos públicos (apesar de serem positivos) tem um lado negativo, eles destruíram a literatura jurídica no país.
Não tenho elementos pra substanciar meu comentário, mas considero o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães um, senão o pai, de toda mídia independente, oriunda do cenário do “golpe de 2013”, onde despontaram o Duplo Expresso, Diga não a Mídia Golpista, Conversa Afiada do PHA e tantos outros. Quem souber alguma fonte deste possível vínculo, por gentileza, pode manter contato.