O Fórum Econômico de Davos anunciou a grande mudança pela qual o mundo terá que passar: o Grande Reset (The Great Reset). Tal foi definido pelo foro que reúne altos executivos de grandes empresas, altos funcionários da União Europeia e dos governos dos países europeus e dos EUA e até o que sobrou da nobreza, como o Príncipe Charles.
Em que consistiria esse reset? Na criação de uma “renda básica” para todos os cidadãos; no aumento da “sustentabilidade da economia”, com foco em desenvolver uma “economia baseada no carbono” (carbon based economy, em inglês) e na diminuição do consumo de proteínas animais; no “transumanismo” e na modificação dos padrões de consumo. A campanha ganhou, inclusive, a capa da Revista Time estadunidense.
No discurso oficial, trata-se de mudanças que deverão ocorrer em função da pandemia do Covid-19 e das mudanças climáticas, mas a agenda já estava ventilada já alguns anos no Fórum. A renda básica pode ser entendida como um “auxílio emergencial” permanente, muito em função das mudanças tecnológicas e seus efeitos na força de trabalho. A inteligência artificial e a internet das coisas, possibilitada pelas redes 5G, devem eliminar metade da força de trabalho atual até 2030, segundo o próprio Fórum. Aos desempregados permanentes, nada restará que tornar dependente da renda básica.
Ao mesmo tempo, as massas não devem ficar descontentes, já que, no futuro, ninguém será dono de nada, mas serão mais felizes, já que o acesso a bens de consumo, duráveis ou não, móveis ou imóveis, funcionará como acesso a “serviços” e não a bens. Além disso, deverá se comer menos carne, já que a atividade pecuária passa a ser vista como cara e “pouco sustentável”. Como solução, propõem uma comida “mais saudável e menos agressora ao meio-ambiente”. Talvez, a Prefeitura de São Paulo na gestão João Dória estivesse mesmo na vanguarda, ao lançar a farinata, feita de restos alimentares, como item da alimentação básica nas creches e escolas.
Por “economia do carbono” prevê-se a maior utilização da energia solar na geração, e no fomento da economia de créditos de carbono. Ao Brasil, restaria conter a população nas áreas de floresta, sobretudo na Amazônia, e focar na venda desses créditos para os países desenvolvidos de alto consumo energético per capita.
Pelo transumanismo, entende-se a ampliação da interface entre o corpo humano e máquinas, via internet das coisas e nanotecnologia, com impactos na medicina. “Adeus hospital, olá lar-hospital. A tecnologia terá avançado ainda mais contra as doenças”, escreve Melanie Walker, médica e conselheira do Banco Mundial. O hospital como o conhecemos estará prestes a desaparecer, com menos acidentes graças aos automóveis autônomos e aos grandes avanços da medicina preventiva e personalizada. Bisturis e doadores de órgãos ficarão obsoletos, será a época dos minúsculos tubos robóticos e dos órgãos bioprintados em impressoras 3D.
O projeto globalista de Davos inova nas medidas, mas não na forma. Projetos das elites globais para a ordem mundial vem se tornando mais frequentes, já que o Grande Reset nada mais é do que a velha globalização dos anos 1990 recauchutada. A diferença é que, ao contrário do cenário daquela época, de predomínio total dos Estados Unidos, a unipolaridade dá espaço aos projetos de outros centros de poder, em que são citados a Rússia, China, Alemanha, Índia e Japão. De fora do grupo está o Brasil, assim como qualquer país sul-americano.
Comentando as medidas do Grande Reset, o site Kontra Info vaticina: em mundo em que ninguém será dono de nada, a elite de Davos será dona de tudo.
Com informações Portal Kontra Info.