Neste último final de semana houve uma ocorrência trágica na Baixada Fluminense: dois jovens apareceram executados depois de terem sido abordados por uma guarnição da PM, sendo que os mesmos não foram apresentados à polícia judiciária.
Partindo de denúncias dos familiares a Polícia Civil na figura da Delegacia de Homicídios da Baixada procedeu a uma investigação rápida e, com o auxílio do comandante do batalhão e do serviço reservado da PM, efetuou a prisão dos dois policiais suspeitos.
A prisão inicialmente foi decretada pelo próprio comandante da PM, pois é o único que tem autoridade para isso nesse momento, e na audiência de custódia foram presos provisoriamente pelo juiz de plantão, acatando as alegações policiais, corroboradas pelo comando.
Se confirmadas as suspeitas, ambos serão expulsos da polícia e responderão na justiça comum pelos crimes imputados a eles, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, policiais militares são presos e condenados pela justiça comum, mas tem idiota de esquerda que ainda diz e espalha que eles têm foro especial.
Ao invés dessa ocorrência lamentável servir de contraponto ao que eu falo e defendo, é uma ocorrência que faz exatamente o contrário, enaltece ainda mais o papel da polícia, a saber.
Primeiro, que a condução do processo foi feita pela própria polícia em tempo recorde. A prisão foi feita pelo próprio comandante do batalhão, prisão essa que não ocorreria em outro órgão dada a fragilidade inicial das acusações, haja vista que até hoje as pessoas ainda discutem nos fóruns digitais se a prisão em segunda instância vale ou não, e esses dois policiais foram presos preventivamente sem ao menos a conclusão do inquérito.
Não, não estou condenando a prisão de ambos: o conjunto de evidências parece ser claro demonstrando seu envolvimento, o que ocorre é que, imaginem vocês, que país nós viveríamos se todas as outras categorias e órgãos públicos ou não, fizessem o mesmo e tivessem a capacidade, a coragem de cortar na própria carne?
O que a polícia fez nesse episódio deveria servir de exemplo para todos: para jornalistas que assassinam reputações e saem impunes; para políticos que isentam outros políticos de roubos homéricos; e até para juízes que condenam empresas a pagar indenizações a outros juízes que perderam, por exemplo, o seu voo de férias porque foram estes para o aeroporto errado.
De toda essa tragédia, chegaremos à conclusão que a polícia ainda serve de exemplo para a sociedade. Imagine se fosse a Flordelis e mais alguns políticos com mandato executando esses dois garotos, imagine vocês, se ao invés de dois policiais, fossem dois magistrados. Conseguem?
Todas as instâncias seriam percorridas, todas as procrastinações seriam aplicadas, todas as salvaguardas seriam executadas preventivamente e quem sabe daqui a 150 anos, depois que todos estivéssemos mortos, alguém saísse condenado.
E isso aqui também é um aviso para você, viciadinho que acha que eu estou defendendo as forças policiais do Estado como se fosse um time de futebol: se coloca no seu lugar, se olha no espelho e depois vem aqui discutir comigo, estou pronto para discutir sobre segurança pública em qualquer um nesse país.
Desafio lançado.
Boa noite Rubão, trabalhei 14 anos como agente penitenciário, vi o sistema por dentro e gosto bastante das suas analises. Se possível for, você poderia discorrer um pouco sobre esse assunto, seria interessante, abraços.
A PM do Rio de Janeiro está de parabéns pela sua conduta imparcial, ilibada e notem bem…SEM CORPORATIVISMO, desmistificando que esse câncer exista dentro da PM denegrindo toda a corporação e visando acobertar maus policiais que atuam como bandidos comuns. Seguiram todos os trâmites legais e os culpados (se comprovados cabalmente pelos indícios) serão devidamente punidos como qualquer criminoso civil. Isso é Justiça real.