Incrível como o político experiente como o Ciro Gomes pega sua inteligência, sua racionalidade, sua capacidade cognitiva, e em seguida joga tudo isso na privada e dá descarga, tenta dizer e desdizer o que ele próprio já disse, manipulando as palavras e as frases, colocando-se em xeque. Não se trata de uma opinião pontual sobre alguma coisa, se trata da estrutura ideológica básica e conceitos gerais sobre personagens históricos.
A mais latente delas agora se manifesta na figura da mulher honesta e honrada chamada Dilma Rousseff, que nós do CANAL RUBEM GONZALEZ em vários vídeos sempre a classificamos como uma traidora da pátria, sendo talvez o primeiro, em todo o ramo progressista trabalhista e até oriundo da esquerda que o fez, a chamada de traidora. Eis que agora ele se manifesta, em suas últimas declarações, a “senhora honrada” virou bandida, mais um tiro no pé do coronel de araque do Ceará.
Ridículo e canhestro também é o seu alinhamento a Rodrigo Maia, que pateticamente defende a compra da vacina da Pfizer, um laboratório criminoso ligado ao Deep State americano, vacina essa altamente letal, que submete aos seus compradores exigências draconianas de não se responsabilizar no caso de efeitos colaterais. Ciro defende que seja adotada essa vacina pelo governo Bolsonaro, porém é bem possível que se o mesmo estivesse no lugar do Bolsonaro hoje, também não aceitaria essas condições draconianas para a sua aquisição, haja vista que parece ser essa a conduta normal do Ciro Gomes, conduta pautada não pela coerência, mas sim pelo oportunismo, e nada do que está sendo exposto aqui visa defender o senhor Bolsonaro e seu inútil e patético ministério da saúde.
Outro ponto surreal do seu patético discurso ao grupo UOL se dá exatamente quando o mesmo tentando parecer uma virgem de puteiro, se reporta a comunidade internacional para intervir no Brasil, como se a ONU não fosse um agente notório do anglo-sionismo, e que a mesma fosse levada a tomar decisões justas, sobre as políticas internas de países menores.
Talvez fosse necessário mostrar ao idiota Ciro Gomes, ou melhor ao oportunista Ciro Gomes, o papel da ONU nos Balcãs, o papel da ONU na destruição do Iraque por omissão, e o papel da ONU no genocídio cometido na Líbia, a irresponsabilidade em questão do homem público do Ciro Gomes, em nada difere desses lixos da new left nacional.
Falou e falou, sobre João Goulart e elogiou o Brizola, neste caso específico, talvez tenha o feito por oportunismo e por estar no partido, ou pelo menos em um arremedo do que foi o partido fundado por Leonel Brizola. Criticou a postura de João Goulart em não ter resistido ao evento de 64, do mesmo não ter uma postura próxima a de um estadista, de que não pensava primeiro no seu país, mas tem a mesma suposta postura de quem crítica, sem falar na acusação do genocídio a Bolsonaro, como se não fosse genocídio o ato irresponsável e sabotador da nossa soberania, em clamar intervenção internacional, ato esse deplorável à democracia soberana brasileira. Esse tipo de expediente é um convite para que nos tornemos amanhã um Haiti, ou então quem sabe, até uma Líbia, onde as pessoas são penduradas de cabeça para baixo como frangos na feira, para serem vendidas calmamente como escravos.
Parece que é este o mundo real que existe a nossa volta, e que o nosso querido amado e patético Ciro Gomes, o mesmo não deseja enxergar, e vem mostrando cada vez mais, de forma inconteste, que o caminho correto não é colocar o seu nome numa urna, e sim colocar lamentavelmente, o mesmo na lata de lixo da história.
Descanse em paz Ciro Gomes, honestamente esperava de você uma morte mais digna e honrada, a mim pelo menos me resta, uma última esperança que é abandonar o barco e voltar a ser unicamente espanhol, que não parece ser hoje também grandes coisas, mas pelo menos lá não existe um grupo de oposição ao governo existente, clamando para que o país seja atacado e destruído de fora para dentro…
Rubem González
Compartilho desse sentimento de perplexidade, e estou com o Rubem em mais uma coisa: talvez para mim o último caminho seja voltar a ser apenas português, pois por lá pelo menos sempre mantiveram em alerta o sentido de manter a existência de Portugal em si, por isso também não clamam de dentro para fora por intervenções.