
Por Felipe Quintas.
Nesse 1º de maio, essencial lembrar a definição de trabalhismo segundo Getúlio Vargas, em discurso de 26/09/1950. Mais atual e necessário que esse ideário, impossível.
“As reivindicações do trabalhismo se baseiam na dignificação do esforço humano como instrumento da expansão econômica e da segurança social. Caracteriza-se, por isso, como um movimento de coordenação social, em que há lugar para quantos labutam honestamente e compreendem que só existe paz no trabalho quando se asseguram a todos os mesmos direitos na conquista de uma existência digna. Todo aquele que trabalha e produz, seja empresário ou simples operário, está contribuindo para elevar o padrão de vida da comunidade e ampliando as possibilidades de bem estar geral.
A política trabalhista é contrária à luta de classes, porque na sociedade não há classes e sim homens com os mesmos deveres e as mesmas necessidades. Propugna pela solução dos chamados antagonismos econômicos, submetendo-os aos ditames da justiça social com um sentido verdadeiramente cristão.
Vejo, neste momento, no meio da multidão que me cerca, industriais e operários, e quero dizer aos primeiros que podem contar comigo para desenvolver e fazer prosperar as suas empresas, e aos segundos que procurarei sem descanso ampliar o que até agora se tem conseguido em matéria de segurança econômica e garantia do trabalho.
Devemos perseverar nos propósitos de fazer com que o trabalhador tenha o seu lar próprio, eduque os seus filhos e ganhe salários compensadores. Para isso, não é preciso empobrecer ninguém. Bastará elevar cada vez mais os índices de produção, estimular as atividades e dar ao capital e ao trabalho justa compensação”.