A Globo, para desvirtuar a problemática da privatização da Eletrobras, está usando a estiagem como cortina de fumaça perante as consequências da privatização. As tarifas de energia irão aumentar e junto com elas vem a inflação.
A questão inflacionária e a privatização advém da dolarização do serviço de produção de energia hidrelétrica. E também por que 61% está com acionistas que estão atrelados ao mercado financeiro e, se observarmos, a elevação da ação advém do aumento do lucro lato sensu, ou seja, pode haver esterilização de investimento e isso ser colocado como excedente (que beleza), a ação da empresa vai se elevar, dessa forma destruindo o investimento no equipamento de capital, que no caso e a hidrelétrica.
A questão geopolítica é uma situação gravíssima, porque a empresa estrangeira articulada com o seu respectivo estado nacional ganha meios de chantagear o Brasil com interesses escusos, por meio proposital de desabastecimento energético, fechando as comportas da hidrelétrica.
É a destruição de um ativo, em que os seus excedentes poderiam ir para o Tesouro Nacional com o objetivo de realizar investimento primário.
É a esterilização da possibilidade de fazer uma cadeia produtiva de alto valor agregado por meio de compra governamental via Eletrobras, que geraria mais empregos com melhores salários e com isso aumentaria a dinâmica comercial e industrial dos municípios, elevando a arrecadação dos mesmos e aumentando a possibilidade de maior investimento primário municipal. Isso contribuiria para uma desdolarização da economia.
A questão da demanda x oferta de energia poderia ter um olhar keynesianista se essa tivesse sob responsabilidade pública, por meio de governantes com essa visão econômica que buscam aumentar o investimento na área energética, e assim ampliar a oferta para ter uma maior demanda e uso de energia e desta forma reduzindo a inflação nacional. Disso a ex-querda fashion week não fala.
Autor do Texto – Thiago Carauta
Revisão: Jornal Puro Sangue