” Que absurdo, que inversão de valores.Vivi em três ditaduras na Espanha, no Brasil e no Uruguai, em todas os valores eram claros e bem definidos, como sempre estudei ou trabalhei, nunca me envolvi em política, era livre e andava de dia ou a noite sem problemas, hoje na democracia tenho receio de me envolver em conflitos simples ou discussões que envolvam opiniões, pois você pode ser processado por qualquer coisa, os ditos direitos morais além de ambíguos não tem limites, mas, está bom, esta geração de merda já está perdida mesmo, não faço a menor ideia onde isto vai para e qual vai ser o futuro desses analfabetos funcionais, talvez voltar às cavernas e recomeçar do zero”.
Esse é o desabafo do meu irmão mais velho, quando passei para ele a notícia da condenação a um ano e meio de prisão, em Alagoas, de um segurança, por ter acertadamente proibido a entrada de um travesti no banheiro de um shopping.
Espanhol de nascimento, viveu sua infância e adolescência na Espanha franquista, chegou no Brasil em 1963, um ano antes do golpe de 64, viveu cinco anos no Uruguai a trabalho no final da década de 80 do século passado.
Meu irmão acertou na mosca, levei tempo demais para entender o óbvio, nas ditaduras supracitadas e pelo visto em qualquer ditadura o cidadão comum, aquele que representa 99% da população não é incomodado por ninguém, normalmente tem a proteção do Estado e leva uma vida normal, aliás é essa vida normal que eu, que nasci no ano que ele chegou ao Brasil, me recordo de todo o período de ditadura militar.
Agora para quem é ativista político e vive disso aí, que não gosta de trabalho, mas gosta de dinheiro farto e vê sempre na política o seu melhor ponto de apoio, realmente para esse cidadão as coisas acabam pegando; é gente que prega a democracia como desculpa para se apoderar da máquina pública e se pendurar em suas tetas. Chocante admitir isso, trágico, mas tenho que jogar todo o meu passado e minhas convicções no lixo, porém esse o local certo que elas devem ficar.
No que chamamos de democracia, o cidadão comum não tem paz, os pseudo-direitos de ativistas e de vagabundos que nada produzem, quer seja pendurado em organizações não governamentais ou diretamente em cargos políticos nomeados, estes parasitas estão sempre sedentos por destruir a vida de pessoas comuns.
Junto com essa farsa chamada democracia vem a ditadura da narrativa , sempre aliada a um judiciário malformado arrogante prepotente, corrupto e aparentemente sem limites, que, em nome de uma falsa moral de ativistas, ergófobos por natureza, procuram um palco que normalmente é a vida de um cidadão comum, trabalhador ordeiro e pagador de seus impostos, pego para Cristo.
Eu honestamente não aguento mais isso, já passou do ponto do razoável, que se foda a Petrobras, que se foda Eletrobras, que se fodam os Correios, que fechem todas essas universidades públicas e todo e qualquer arrimo dessa choldra.
Isso porque simplesmente essa escumalha político-identitária está transformando o ar do nosso país em algo irrespirável, aqui tudo fede, nada é à sério, somos uma imensa farsa, nós que trabalhamos temos que viver com medo e pavor, sob o peso da sanha vingativa de gangues organizadas, a qualquer momento podemos ser justiçados por nossa simples opinião, temos que medir palavras e letras para não termos nossas vidas destruídas.
Todos esses marginais fantasiados de ativistas são acobertadas por partidos políticos que mais lembram facções e milícias, meliantes que não perdem por esperar…