
Se no século 20 os ataques militares da OTAN ocorriam para “promover a democracia e os direitos humanos”, tudo leva a crer que no século 21 eles devem ocorrer para “proteger o clima e o meio ambiente”.
No momento, todos assistimos à fabricação gradual de um discurso que visa preparar a opinião pública mundial para a necessidade de “medidas extremas” para a proteção do planeta, em um processo capitaneado por Estados Unidos e União Europeia junto a instituições-chave da comunidade internacional.
Esse processo teve um capítulo importante na última segunda-feira (13/12). Na ocasião, o Conselho de Segurança da ONU tentou aprovar uma resolução que estabelecia um vínculo direto entre “ameaça da mudança climática” e “segurança internacional”, definindo ainda tais ameaças como um “componente central” das “estratégias de prevenção de conflitos da ONU”.
Obviamente, o objetivo por trás da iniciativa era o de possibilitar intervenções armadas da OTAN junto a países sem poder militar dissuasório relevante, mas de alto índice de preservação florestal e com fartos recursos naturais – caso esse do Brasil.
Como Deus é brasileiro, a Rússia, de Vladimir Putin, acabou vetando a resolução. A justificativa foi a de que a resolução, caso aprovada, abriria espaço para ataques militares tais quais as “guerras humanitárias” promovidas no passado.
Um dia depois, na terça-feira (14/11), o PSOL – também conhecido como o “Partido da Guerra Híbrida” – conseguiu aprovar uma lei na Câmara Municipal do Rio de Janeiro que declara “emergência climática” em nossa cidade mais famosa. Na prática, a lei acaba servindo de mais um dispositivo jurídico em sintonia com os planos da OTAN contra o Brasil.

O mais curioso, porém, é que enquanto se esforça para fazer do Brasil um pária internacional em termos ecológicos, o PSOL não faz nada pela despoluição da Baía do Guanabara, da Baía de Sepetiba, nem das praias cariocas.
Talvez o partido da deputada “afrocentrada” Talíria Petrone não saiba, mas o grande problema ecológico do Rio de Janeiro não é a falta de verde – haja vista o fato do município possuir DOIS parques ecológicos em seu território, um nacional e outro estadual – mas sim algo que não rende tuítes lacradores: a falta de saneamento básico.
Na verdade, o Rio de Janeiro deveria ser considerado uma referência mundial em termos de pioneirismo em políticas de proteção do meio ambiente. Basta lembrar que no longínquo ano de 1862 Dom Pedro 2º comandou o reflorestamento de toda a área da Floresta da Tijuca quando ninguém no mundo sequer havia pronunciado a palavra “ecologia”, muito menos “créditos de carbono”.
Mas para a esquerda globalista brasileira, que tem no PSOL sua principal liderança, tudo que cheira a “Brasil” deve ser desprezado. Inclusive nossa soberania.